Paulo Bilyk, CEO e sócio-fundador da Rio Bravo (Rio Bravo/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 3 de junho de 2022 às 14h21.
Última atualização em 3 de junho de 2022 às 14h23.
O aumento da base de investidores vivenciado nos últimos anos pelo mercado brasileiro tem atraído a atenção de algumas das gestoras mais tradicionais do país. Uma delas é a Rio Bravo. Criada há mais de 20 anos com o objetivo de atender grandes fundos de pensão, a gestora com R$ 13,3 bilhões sob patrimônio vem se transformando para manter um relacionamento cada vez mais próximo com os pequenos investidores.
“É uma mudança de posicionamento de marca para alcançar um número muito maior de investidores”, disse Paulo Bilyk, CEO e sócio-fundador da Rio Bravo. Ele conta que a demanda pela maior comunicação surgiu com a popularização de seus fundos imobiliários.
O Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11), um dos principais da casa no segmento, tem mais de 40.000 cotistas em sua base.
“Os fundos imobiliários não têm aporte mínimo. Por isso, serviram de porta de entrada para as pessoas físicas. Queremos trazer mais gente para outros produtos da Rio Bravo, como de crédito privado”, disse.
Além da distribuição de seus fundos por plataformas do mercado, a Rio Bravo abriu a possibilidade de o investidor acessar seus produtos pelo seu próprio site. Porém, é nas redes sociais que a gestora espera conseguir uma relação mais próxima com seus atuais e futuros investidores.
“A empresa inteira vai se abrir para conversar mais com o mercado. Minha conta do Twitter tem 9.000 seguidores e quero triplicar esse número. Também sou criador de conteúdo. Sou eu mesmo quem faço as publicações”, contou Bilyk.
Mas por trás do projeto há uma equipe toda. A diretora de RI e comunicação, Isabela Perez, organiza e a gerente do escritório do Rio de Janeiro, Denise Barreto, coordena a infraestrutura, enquanto os economistas Gustavo Franco e Luca Mercadante e o jornalista Fábio Cardoso fazem parte do conteúdo da Rio Bravo nas redes sociais.
“Faremos conteúdos de fundos e estratégias específicas de investimento sistemático, crédito ou temas da macroeconomia. Tudo isso será disponibilizado no Twitter, Instagram, site e Facebook.”
Nesta semana, a Rio Bravo iniciou a produção de um programa mensal, que será em formato de videocast, com presença de dois convidados e apresentação de Fábio Cardoso. A ideia, segundo Bilyk, é que seja mais extenso que o Podcast Rio Bravo, no ar desde 2007, que deve continuar como o carro-chefe.
O podcast, apresentado por Fábio Cardoso, chegou ao episódio 700 nesta semana, com a participação do economista Henrique Meirelles. Os programas, porém, vão muito além da economia e mercado financeiro, passando por religião, mudança climática e esportes. “Tudo isso faz refletir como o país e o mundo está sendo direcionado, o que ajuda a saber para onde vai o mercado imobiliário, as lojas de rua ou a indústria automobilística”, disse Bilyk.
A ideia, segundo o CEO da Rio Bravo, não é se limitar a determinada plataforma. “Estamos sempre investigando de que forma entrar em outras mídias relevantes. O TikTok é a mais evidente delas.”
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