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Reuniões do Fed e Copom, Cielo, Marfrig e o que mais move o mercado

Banqueiros centrais dão início aos debates sobre altas de juros no Brasil e Estados Unidos; decisões estão previstas para esta quarta

Copom: reunião começa nesta terça (Copom/Divulgação)

Copom: reunião começa nesta terça (Copom/Divulgação)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de maio de 2022 às 07h10.

Última atualização em 3 de maio de 2022 às 08h32.

O mercado europeu avança na manhã desta terça-feira, 3, dando continuidade à recuperação das perdas de abril. Nos Estados Unidos, o movimento é mais contido, com os principais índices oscilando próximo da estabilidade. Já o dólar, que vinha de alta contra moedas do mundo todo, apresenta leve queda. A moeda americana saltou cerca de 10% em menos de duas semanas e fechou o último pregão acima de R$ 5 pela primeira vez desde março.

A aparente tranquilidade desta terça ocorre às vésperas da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que deve ser marcada pela aceleração da alta de juros nos Estados Unidos. Investidores esperam por um aumento de 50 pontos base ante a alta de 25 pontos base promovida em março. Os debates entre os membros do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, iniciam já nesta terça.

Mas a maior expectativa do mercado estará com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, previsto para a tarde de quarta-feira, 4, após a decisão de juros.

O rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro americano, que refletem a estimativa de juro médio para o período, chegou a bater 3% neste início de semana, renovando o maior patamar desde 2018. O rendimento dos títulos de 2 anos também segue próximo da máxima do período, a 2,7783%.

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  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): +0,06%
    • SSE Composite (Xangai): +2,41% (sexta-feira)
    • FTSE 100 (Londres): -0,67%
    • DAX (Frankfurt): +0,37%
    • CAC 40 (Paris): + 0,63%
    • S&P futuro (Nova York): -0,03%
    • Nasdaq futuro (Nova York): -0,08%
    • Petróleo Brent (Londres): -1,11% (para US$ 106,41)

Além da alta de juros, economistas aguardam o anúncio do início da redução do balanço patrimonial do Fed, que deve contribuir para a redução de liquidez e, consequentemente, para o controle da inflação.

A inflação, por sinal, tem sido uma das grandes ameaças para a economia brasileira. Economistas voltaram a revisar o IPCA para cima no último boletim Focus, passando para 7,89% para 2022 e para 4,10% para 2023. O Copom, do Banco Central, também dará início à reunião de política monetária nesta terça.

A grande expectativa é de que elevem a Selic em 100 pontos base para 12,75%. Mas o ciclo, segundo economistas,  não deve parar por aí. O consenso é de que a alta de juros se estenda para os próximos meses, com a Selic terminando o ano a 13,25%

Balanços do dia

Enquanto aguardam os próximos passos dos bancos centrais do Brasil e Estados Unidos, investidores seguem atentos ao calendário de divulgação de balanços do primeiro trimestre.

Nesta terça, os resultados mais esperados são os da Marfrig (MRFG3), Cielo (CIEL3), TIM (TIMS3), 3R (RRRP3), Klabin (KLBN11) e Raia Drogasil (RADL3). Também divulgam balanços a Tegma, JSL e Vulcabras. Todos, com exceção do resultado da Klabin, estão previstos para após o encerramento do pregão.

Por estarem entre as primeiras empresas a divulgarem os resultados de seus respectivos setores, os números reportados nesta terça podem servir de referência para os próximos balanços.

Já os resultados da Localiza (RENT3), Marcopolo (POMO4), Neogrid (NGRD), Quero-Quero (LJQQ3), Pague Menos (PGMN3), e Copasa (CSMG3) foram divulgados na noite de segunda-feira, 2, e devem ser repercutidos no pregão de hoje.

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