Lojas Renner: follow-on pode ser o segundo maior já realizado por varejistas (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 19 de abril de 2021 às 07h57.
Última atualização em 19 de abril de 2021 às 08h22.
A Renner (LREN3) anunciou nesta segunda-feira, 19, que pretende fazer uma oferta subsequente (follow-on, em inglês) de 102 milhões de ações, podendo ser acrescida para até 137,7 milhões de ações, dependendo da demanda.
Com base no último valor de fechamento, de 46,90 reais por ação, a operação pode levantar 6,458 bilhões de reais. A oferta será totalmente de distribuição primária, em que os recursos levantados são destinados ao caixa da empresa.
O valor, se confirmado, irá superar o da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da CSN Mineração, que levantou 5,2 bilhões de reais - até então, a maior oferta de ações do ano.
O montante também pode ser o segundo maior já levantado em follow-on por uma varejista, ficando somente atrás do das Lojas Americanas, que arrecadou 7,87 bilhões de reais no ano passado.
Com a oferta, a Renner aumenta seu poder de fogo em meio ao recente movimento de consolidação do segmento de moda brasileiro. Além da possibilidade de aquisições, a empresa afirma em fato relevante que parte do dinheiro arrecadado também pode será destinado para a expansão de lojas físicas, criação de um novo centro de distribuição e desenvolvimento de seu canal digital.
Segundo o Brazil Journal, que havia antecipado a oferta de ações da companhia na última sexta-feira, 16, na mira da Renner estariam suas concorrentes Marisa e as operações locais da holandesa C&A.
A precificação da oferta está prevista para quinta-feira da semana que vem, 29, quando encerram oficialmente as apresentações para potenciais investidores. As novas ações da companhia devem ser negociadas na bolsa a partir do dia 3 de maio.
O follow-on terá o Itaú como coordenador líder, sendo que os bancos BTG Pactual, JPMorgan, Morgan Stanley, Santander e Itaú também participarão como coordenadores da oferta.