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Rendimentos de títulos espanhóis superam 6% em meio à crise

A expectativa é de que os yields espanhois subam mais na direção dos 7%, nível em que os custos da dívida são considerados insustentáveis

"Estamos de volta ao modo de crise. Parece cada vez mais provável que a Espanha terá alguma forma de resgate", disse o estrategista do Rabobank Lyn Graham-Taylor (Philippe Huguen/AFP)

"Estamos de volta ao modo de crise. Parece cada vez mais provável que a Espanha terá alguma forma de resgate", disse o estrategista do Rabobank Lyn Graham-Taylor (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 07h48.

Londres - Os rendimentos dos títulos de 10 anos da Espanha superaram os 6% nesta segunda-feira pela primeira vez no ano, uma vez que as preocupações sobre a capacidade do país de manter suas finanças sob controle colocaram os mercados de dívida de novo em "modo de crise".

A expectativa é de que os yields espanhois subam mais na direção dos 7 por cento, nível em que os custos da dívida são amplamente considerados insustentáveis a menos que o Banco Central Europeu retome suas aquisições de títulos após uma pausa de dois meses.

Os rendimentos dos títulos de 10 anos da Alemanha, considerados os mais seguros da zona do euro, atingiram a mínima recorde de 1,628 por cento. O recorde anterior havia sido estabelecido em novembro de 2011, no pico da crise da dívida antes de o BCE injetar no sistema bancário cerca de 1 trilhão de euros em financiamentos baratos de três anos.

"Estamos de volta ao modo de crise", disse o estrategista do Rabobank Lyn Graham-Taylor. "Parece cada vez mais provável que a Espanha terá alguma forma de resgate. Assumindo que não haverá uma intervenção (do BCE), não veremos um teto para os yields espanhóis; eles continuarão crescendo." A Espanha enfrentará um teste de confiança do investidor nesta semana, com um leilão de títulos de dois e 10 anos na quinta-feira.

Os rendimentos de 10 anos da Espanha subiram 16 pontos-base para 6,15 por cento, os rendimentos de cinco anos superaram 5 por cento e os de dois anos chegaram a 3,70 por cento, todos máximas em 2012.

Acima de 7 por cento, Grécia, Portugal e Irlanda encontraram dificuldade para levantar dinheiro no mercado e foram forçados a procurar ajuda financeira.

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