O Itaú pode vender sua participação na Redecard se não conseguir obter aprovação de mais de dois terços dos minoritários para a OPA (Divulgação/Veja)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2012 às 14h07.
São Paulo - A Redecard SA, segunda maior processadora de cartões por valor de mercado, recuava para o menor nível em nove semanas diante de receios que o Itaú Unibanco Holding SA possa vender sua fatia na companhia caso não consiga aprovação para a oferta pública de aquisição de ações.
As ações recuavam 1,5 por cento para R$ 33,52 às 13:22, o menor nível desde 6 de fevereiro. O índice Ibovespa recuava 1,7 por cento.
O Itaú pode vender sua participação na Redecard se não conseguir obter aprovação de mais de dois terços dos minoritários para a OPA, disse o banco em comunicado enviado ontem ao mercado. O Itaú manteve a oferta de R$ 35 por cada ação na companhia.
“A relação com o Itaú é um dos maiores bens da Redecard. Assim, se isso for prejudicado, o resultado pode impactar negativamente a Redecard”, escreveram Carlos Firetti, Gustavo Lobo e Bruno Chemmer, analistas do Bradesco BBI, em relatório ontem.
O Itaú, maior banco do País em valor de mercado, disse que o valor ofertado está dentro da faixa calculada pela NM Rothschild & Sons Ltda, de R$ 34,18 a R$ 37,59, divulgada em 5 de abril.
“Acionistas minoritários que esperavam um aumento do preço oferecido” podem ficar desapontados com o anúncio do Itaú, disseram os analistas. Eles possuem uma recomendação equivalente à manutenção para as ações.