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Recordes da Bolsa estão longe de ser uma bolha, diz analista

Coordenador do Centro de Finanças do Insper, Michael Viriato, afirma que os recordes batidos pela Bolsa brasileira estão longe de ser injustificados

B3: especialista afirma que a alta na bolsa brasileira é justificável (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

B3: especialista afirma que a alta na bolsa brasileira é justificável (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 08h23.

São Paulo - Coordenador do Centro de Finanças do Insper, Michael Viriato avalia que, por mais que o mercado reconheça as dificuldades que o País enfrentará este ano, os recordes batidos pela Bolsa brasileira estão longe de ser injustificados.

"Não é uma bolha, está longe disso. Se fala em bolha quando a alta não é sustentável ou não se justifica. Não é esse o caso", disse, em entrevista ao Estado.

O mercado brasileiro está mais eufórico do que deveria?

As pessoas dizem que o investidor brasileiro está eufórico, mas é o mundo que está eufórico. O Brasil não está subindo muito mais que as Bolsas americanas. O mundo, em geral, está com baixa inflação, juros controlados, crescimento sustentável e lucros crescentes. O humor é justificado, mas isso não significa que o dever de casa não precisa mais ser feito. A Bolsa brasileira poderia ter atingido esse patamar de 81 mil pontos muito antes, se as reformas tributárias e da Previdência tivessem avançado.

Não estamos vendo uma bolha se formar?

Não é uma bolha, está longe disso. A gente fala em bolha quando a alta não é sustentável ou é injustificada. A alta lá fora se justifica porque o lucro das empresas surpreendeu o mercado. Também teve uma reforma tributária nos Estados Unidos, que ajuda e não há um medo forte de que o Banco Central americano suba juros.

Por que o corte da nota de risco do Brasil não pesou na Bolsa?

Há um reconhecimento de que os problemas fiscais e previdenciários do Brasil ainda são preocupantes e que essa conta deve ficar para o presidente, mas o mercado já havia reagido à não aprovação da reforma da Previdência em novembro. Isso já estava precificado.

A Bolsa vai continuar subindo?

O horizonte é favorável, mas nunca sobe o tempo todo. Se a economia mundial escorregar, também vamos perder esse benefício que vem de fora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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