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Recompras de ações em junho podem movimentar R$ 2,7bi

Dez companhias anunciaram programas de recompra neste mês, incluindo Bradesco, BM&FBovespa, Cosan e o BB, dono maior delas, avaliada em 1,06 bilhão de reais


	O principal índice da Bovespa caiu quase 12 % em junho até a véspera, tendo atingido durante o mês o menor patamar em mais de quatro anos
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O principal índice da Bovespa caiu quase 12 % em junho até a véspera, tendo atingido durante o mês o menor patamar em mais de quatro anos (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 17h43.

São Paulo - Os programas de recompras de ações anunciados por companhias brasileiras em junho podem movimentar até 2,7 bilhões de reais, segundo cotações de fechamento dos papéis na véspera.

Dez companhias anunciaram programas de recompra neste mês, incluindo Bradesco, BM&FBovespa, Cosan e o Banco do Brasil, dono maior delas, avaliada em 1,06 bilhão de reais.

Além de alimentar a ponta compradora, movimento essencial para dar algum suporte aos preços em momentos de grande volatilidade do mercado, a recompra de ações aumenta a participação proporcional dos acionistas nos lucros, pois reduz a base de capital da companhia. Isso ocorre porque as ações recompradas geralmente são posteriormente canceladas.

O principal índice da Bovespa caiu quase 12 % em junho até a véspera, tendo atingido durante o mês o menor patamar em mais de quatro anos.

Caso o mercado continue fraco, novos programas devem ser anunciados, segundo analistas. "Muitas ações estão bastante depreciadas e outras empresas devem lançar programas de recompra", disse o diretor da área de análise da Fator Corretora, Daniel Utsch.

De janeiro a maio, companhias listadas na bolsa paulista haviam anunciado 19 programas de recompra.

Como padrão, as recompras têm prazo de um ano para ocorrer. Algumas, como as do Bradesco e da BM&FBovespa, são renovações de planos lançados no ano passado. Algumas companhias mantêm programas regulares de recompra.

Para Ulisses Baptista, analista da Intercap, os anúncios podem ter um efeito positivo de curto prazo nos papéis, pois indicam que as empresas têm confiança em seu negócio.

"Que sinal pode ser melhor do que a empresa gastar o próprio caixa para comprar a ação que ela considera estar abaixo do seu valor?", questiona.


Na lista das companhias que anunciaram recompras em junho constam ainda Trisul, Ecorodovias, Direcional, Daycoval, MRV Engenharia e Aliansce.

Segundo o analista sênior da BB Investimentos, Hamilton Alves, no entanto, os programas são insuficientes para sustentar o preços dos papéis num momento de alta volatilidade dos mercados. "É mais um efeito moral." Outra ressalva é que os programas não possuem garantia de recompra, estabelecendo apenas um prazo e montante limite, que pode não ser alcançado, afirma o analista da Ativa Corretora, Marcelo Torto.

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