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Rebaixamento está mais próximo, diz analista

Decisão da Moody's de colocar o rating de emissor e de bônus Baa3 do Brasil em revisão para rebaixamento foi um aviso, diz analista


	Logo da Moody's: "antes eu achava que a Fitch seria a próxima a rebaixar, mas agora acho que será a Moody's", disse especialista
 (Emmanuel Dunand/AFP)

Logo da Moody's: "antes eu achava que a Fitch seria a próxima a rebaixar, mas agora acho que será a Moody's", disse especialista (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 18h36.

São Paulo - A decisão da agência de classificação de risco Moody's de colocar o rating de emissor e de bônus Baa3 do Brasil em revisão para possível rebaixamento foi um aviso de que a perda do grau de investimento está mais próxima.

A avaliação é do economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks. "Antes eu achava que a Fitch seria a próxima a rebaixar, mas agora acho que será a Moody's", afirmou. O rating do Brasil está apenas um nível acima do grau especulativo nas duas agências citadas por Weeks.

O relatório que detalha a decisão destaca a crise política e a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para Weeks, o foco da avaliação da agência na questão política mostra que o rebaixamento não deve demorar, uma vez que as discussões relacionadas ao ajuste fiscal ficaram em segundo plano. "Entre meados de outubro e boa parte de novembro, algumas medidas do ajuste fiscal começaram a andar no Congresso. Mas com a prisão do Delcídio (senador Delcídio Amaral, do PT), o ajuste foi deixado de lado, reforçando o pessimismo de quem já estava pessimista", disse.

A Moody's diz no relatório que "a situação política se tornou cada vez mais complicada" e que "a iniciação do processo de impeachment contra a presidente no começo de dezembro coloca mais dúvidas sobre a perspectiva de cooperação entre o Congresso e a presidente para aprovar medidas de consolidação fiscal significativas em 2016."

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