Drex: primeira transferência entre bancos públicos é realizada (Banco Central/Divulgação/Divulgação)
Repórter de finanças
Publicado em 5 de setembro de 2023 às 11h44.
Última atualização em 6 de setembro de 2023 às 11h49.
A Caixa Econômica e o Banco do Brasil anunciaram, nesta terça-feira, 5, a primeira transferência via Drex entre dois bancos públicos.
A moeda virtual, também conhecida como real digital, está em fase de testes no projeto-piloto do Banco Central desde junho deste ano e tem previsão de ser disponibilizada para a população ao final de 2024.
Participam do piloto 16 consórcios, na qual as duas instituições financeiras estão presentes. Justamente nesse ambiente, nos dias nos dias 30 e 31 de agosto, ocorreu a primeira transferência entre a Caixa e o Banco do Brasil via Drex.
De acordo com o comunicado, os valores utilizados fazem parte das reservas bancárias dos bancos e foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa e, posteriormente, retornados para a carteira do BB.
O Drex (Digital, Real, Eletrônico e Exchange) é uma Central Digital Bank Currency (CDBC). Ou seja, é uma moeda digital emitida por um banco central. No Brasil, é a versão em blockchain do real e tem paridade igual: R$ 1 = 1 Drex.
Para ser desenvolvido, o Banco Central utiliza o blockchain Hyperledger Besu, que permite que os ativos, inclusive o dinheiro, sejam tokenizados. A partir disso, os tokens podem ser transacionados através da rede de forma mais segura e rápida, com a regulação do Sistema Financeiro Nacional.
Para as presidentas da Caixa e do Banco do Brasil, Maria Rita Serrano e Tarciana Medeiros, respectivamente, os avanços dos testes do Drex com bancos públicos estão sendo notáveis e fazendo a versão digital da moeda brasileira ganhar cada vez mais relevância.
“O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização. O teste realizado entre os dois bancos é mais um passo importante do projeto e demonstra nossa capacidade de incorporar novas tecnologias e inovações aos nossos modelos de negócio”, diz Medeiros.