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Reação ao Copom, inflação na Europa e balanços de big techs: 3 assuntos que movem o mercado

Índices futuros se recuperam em Nova York, após Jerome Powell sinalizar que pode ser cedo demais para cortar taxa de juros nos EUA

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andressa Anholete/Bloomberg via/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andressa Anholete/Bloomberg via/Getty Images)

Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 08h51.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2024 às 09h07.

Os índices futuros de Nova York sobem nos primeiros negócios desta quinta-feira, 1, recuperando parte das perdas registradas pregão anterior. Ontem, as bolsas de Wall Street chegaram a cair mais de 2%, com investidores reagindo negativamente às sinalizações do Federal Reserve (Fed) de que o início dos cortes de juros ficará, provavelmente, para depois de março.

Nas curvas de juros, o mercado passou a precificar uma menor probabilidade de o Fed cortar em março. A chance, que era de 53% na véspera, caiu para perto de 35%, com o cenário de manutenção da taxa se tornando o mais provável.

"Com base na reunião de hoje, eu diria que não creio que seja provável que a comissão atinja um nível de confiança na altura da reunião de março para identificar março como o momento para fazer isso. Mas isso é para ser visto."

Copom

No Brasil, investidores deverão reagir nesta quinta à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Como esperado, o Copom cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 11,25%. Assim como sinalizado nos últimos comunicados, o Copom manteve a indicação que manterá o ritmo de cortes nas próximas reuniões. Na prática, o Copom afastou a possibilidade de acelerar o ritmo de cortes, como vinha sendo especulado pelo mercado. Para economistas, pode não haver clima para isso, já que as expectativas do mercado para a inflação e do próprio Banco Central estão acima do centro da meta de 3% para este e o próximo ano.

Inflação na Europa

Na Europa, onde também se discute a possibilidade de corte de juros, a inflação voltou a arrefecer. Divulgado nesta manhã, o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro caiu de 2,9% para 2,8% em janeiro, na comparação anual. O consenso era de queda para 2,7%. Já o núcleo do IPC recuou de 3,4% para 3,3% ante consenso de 3,2%.

"Embora os números de hoje ainda mostrem uma diminuição das pressões sobre os preços, é demasiado cedo para dizer que está tudo certo com a inflação. Se o crescimento voltar no segundo trimestre, as empresas terão o poder de fixar preços mais altos para resistir à compressão das margens, de modo que a inflação não descerá muito mais. É por esta razão que acreditamos que o BCE será muito cauteloso e não contemplará qualquer corte nas taxas antes de junho", avaliou em nota Peter Vanden Houte, economista-chefe de Zona do Euro do banco ING.

Balanços de big techs

Investidores também deverão repercutir nesta quinta os balanços de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, previsto para após o encerramento do pregão. Entre eles, estão os resultados de três das sete empresas mais valiosas do mundo: da Apple, Amazon e Meta.

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