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Raia Drogasil: ganhos com a fusão já foram incorporados nas ações, diz analista

Para Planner, acionistas da Droga Raia serão os mais beneficiados na fusão

De acordo com a Planner, para os investidores interessados em entrar no negócio, há uma leve vantagem atualmente em se posicionar nas ações da Droga Raia (EXAME)

De acordo com a Planner, para os investidores interessados em entrar no negócio, há uma leve vantagem atualmente em se posicionar nas ações da Droga Raia (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 16h00.

São Paulo – Os acionistas da Droga Raia (RAIA3) serão os mais beneficiados na associação da empresa com a Drogasil (DROG3). A afirmação está no relatório da corretora Planner desta quarta-feira (3). “Preferimos historicamente a Drogasil em relação à Raia, já que a empresa apresenta melhores margens e rentabilidade superior, avalia o analista Francisco Ferrazzi Kops.

Para ele, a relação de troca ficou justa. Porém, para os investidores interessados em entrar no negócio, há uma leve vantagem atualmente em se posicionar nas ações da Droga Raia. “De uma maneira geral, não indicamos entrar no negócio, principalmente com ambiente atual de bolsa, já que nasce com margens muito baixas (margem líquida de menos de 3%) e a múltiplos muito altos”, avisa Kops.

De acordo com o analista, o recente rali dos papéis já incorporou grande parte dos ganhos com sinergia da nova empresa. As ações ordinárias da Drogasil apresenta valorização de 14% nos últimos 30 dias. Já os papéis da Droga Raia mostram ganhos de 5,6% no mesmo período.

Entenda o negócio

A Drogasil e a Droga Raia anunciaram, na noite de ontem, uma associação que criará a maior rede de farmácias do país. A nova empresa se chamará Raia Drogasil e contará com mais de 700 drogarias em nove estados. De acordo com comunicado à imprensa, a nova empresa terá 8,3% de participação de mercado.

Os atuais acionistas da Drogasil deterão 57% da nova companhia. Os acionistas da Droga Raia ficarão com os 43% restantes. O atual diretor geral e de relações com investidores da Drogasil, Claudio Roberto Ely, será o diretor-presidente da Raia Drogasil. Já Antônio Carlos Pipponzi, atual presidente da Droga Raia, será o presidente do conselho de administração da companhia recém-criada.
O conselho de administração terá nove membros. Cada grupo de acionistas oriundo das empresas que se associaram poderá indicar três conselheiros. Os três assentos remanescentes serão ocupados por membros independentes.

O acordo de acionistas será válido por dez anos. Entre seus termos, está a proibição de venda das ações por um determinado prazo [no jargão do mercado, é o chamado lock up]. A fatia envolvida no lock up é de 40% do capital da companhia. Cada um dos dois grupos de acionistas contribuirá com metade desses papéis.
 

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