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Quer investir em ações que ficaram para trás na pandemia? IRB lidera lista

Reabertura da economia com a antecipação do calendário de vacinação abre oportunidades em ações que ainda estão distantes de recuperar perdas da pandemia

Ações do IRB Brasil estão cerca de 80% do patamar em que se encontravam antes da forte queda das bolsas em fevereiro de 2020 | Foto: Divulgação (IRB Brasil/Divulgação)

Ações do IRB Brasil estão cerca de 80% do patamar em que se encontravam antes da forte queda das bolsas em fevereiro de 2020 | Foto: Divulgação (IRB Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2021 às 06h20.

A reabertura da economia americana com o avanço da vacinação criou verdadeiras oportunidades de multiplicação do patrimônio para investidores que decidiram carregar ações que haviam ficado para trás com a pandemia.

Quem comprou ações da SeaWorld Entertainment, famosa pelo parque temático da Orca, no início de abril de 2020, em momento de forte baixa, acumulou uma valorização de 427% desde então; no caso da Carnival, gigante de cruzeiros marítimos, o ganho foi de 220%. Os dados foram compilados pela Bloomberg.

No Brasil, um fenômeno semelhante começa a ser verificado e pode ganhar tração nas próximas semanas, na medida em que o calendário de vacinação é antecipado em muitos estados. Daí vale a pergunta: quais são as ações que ainda estão distantes do seu preço antes de a pandemia ter começado e causado fortes quedas na bolsa brasileira em 2020?

A pedido da EXAME Invest, a plataforma de informações financeiras Economatica preparou o levantamento e foi possível constatar que, apesar das pontuações recordes do Ibovespa em junho, duas dezenas de ações do principal índice da B3 ainda estão mais de 20% abaixo do patamar de 21 de fevereiro do ano passado. Foi o último pregão antes da sequência de fortes quedas que levaram o índice aos 63 mil pontos em menos de um mês.

Veja abaixo a lista das 10 ações com maiores perdas acumuladas*:

  1. IRB Brasil (IRBR3): -79,12%
  2. Cogna (COGN3): -57,83%
  3. GPA (PCAR3): -43,85%
  4. Cielo (CIEL3): -43,56%
  5. Sabesp (SBSP3): -38,93%
  6. brMalls (BRML3): -37,21%
  7. Yduqs (YDUQ3): -35,97%
  8. Eztec (EZTC3): -32,52%
  9. SulAmérica (SULA11): -31,62%
  10. Gol (GOLL4): -27,26%

*De 21 de fevereiro de 2020 até 18 de junho de 2021.

Algumas das ações acima citadas já começaram a subir acima do Ibovespa nas últimas semanas em parte justamente por causa da antecipação do calendário de vacinação. As ações da Cogna (COGN3) subiram 27% desde 12 de maio. As da Yduqs (YDUQ3), também na área de educação, tiveram valorização semelhante, de 29% a partir da mesma data.

No setor de shoppings, a brMalls (BRML3) havia ficado para trás na retomada, mas as ações subiram 39% desde o início de março.

Com a continuidade do processo gradual de normalização do mercado de voos domésticos, as ações da Gol (GOLL4) se valorizaram 30% no mesmo período. A taxa de ocupação ficou em 88% em maio, com a oferta subindo 425% na comparação anual. Na última semana, a Gol anunciou a conclusão do processo de capitalização de 1 bilhão de reais, somando o processo de incorporação da participação minoritária da Smiles.

Das ações que compõem o Ibovespa, a que mais teria em tese a subir tomando como referência as perdas da pandemia é a da IRB Brasil (IRBR3). A queda acumulada ainda é de cerca de 80%, em boa parte explicada pelas falhas contábeis descobertas nos meses iniciais de 2020 e que tiveram que ser reconhecidas pela administração.

Mais recentemente, a resseguradora apresentou algumas evoluções no resultado do primeiro trimestre, em prêmios emitidos no Brasil, mas analistas destacam que a rentabilidade segue pressionada.

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