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Quem é Jean Paul Prates, o novo presidente da Petrobras

Conselho de Administração da estatal aprovou por unanimidade a indicação de ex-senador petista para o comando da companhia

Jean Paul Prates: experiência no setor credenciou ex-senador para o comando da Petrobras (Waldemir Barreto/Agência Senado/Flickr)

Jean Paul Prates: experiência no setor credenciou ex-senador para o comando da Petrobras (Waldemir Barreto/Agência Senado/Flickr)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 13h08.

Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 14h16.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 26, a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da companhia.

Advogado formado pela pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Prates é mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia.

Além da experiência acadêmica, no setor de petróleo, Prates foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A e diretor executivo da Expetro Consultoria em Recursos Naturais, considerada a maior consultoria brasileira do ramo durante os anos 1990 e 2000.

Na consultoria, prates prestou serviços a diversas frentes de atuação do setor de petróleo, como a empresas públicas e privadas e entidades sindicais e setoriais, além de ter assessorado governos, agências reguladoras e parlamentares em todas as áreas do setor energético.

Na área pública, Prates atuou como Senador pelo estado do Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023 pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Antes de ir à Brasília, o novo presidente da Petrobras também foi secretário de Energia do governo do Rio Grande do Norte.

O que pensa Jean Paul Prates sobre a Petrobras

Desde o início do ano, quando o governo tornu pública sua indicação para a Petrobras, Prates já vem dando declarações como presidente da empresa. Um de seus planos é a criação de fundo de estabilização, que seriviria para suavizar a volatilidade do preço do petróleo nas bombas de combustíveis. O projeto chegou a ser aprovado no Senado, mas foi emperrado na Câmara.

"O fundo faz uma poupança em período de baixa do petróleo no exterior e despeja a reserva em período de alta para reduzir o preço na bomba. Isso é dinheiro do governo, não é da Petrobras", explicou Prates em entrevista recente à Rádio Senado.

O dinheiro do fundo, explicou Prates, será proveniente de dividendos da Petrobras e royalties, que aumentam conforme a petróleo se valoriza no exterior. "Com parte desse dinheiro será feito um aporte, apenas em momentos de crise de abastecimento ou de preços, para reduzir o preço para o cidadão brasileiro."

Prates também falou em intensificar os investimentos em energia renovável, o que, segundo ele, poderá afetar o payout (percentual do lucro distribuido aos acionistas) da companhia.

"Em vez de ficar distribuindo 100% dos dividendos, tem que investir em alguma coisa que tenha futuro de mais de 30 ou 40 anos -- o que não quer dizer falta de prioridade para o pré-sal. Pelo contrário, a prioridade continua sendo a produção de petróleo."

 

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