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Queda do minério de ferro, bitcoin instável e o que mais move o mercado

Influência da China volta a causar volatilidade na bolsa de Dalian e no mercado de ciptomoedas

Bitcoin tem fim de semana de alta volatilidade, após nova ameaça da China | Foto: Marc Bruxelle/ Getty Images (Marc Bruxelle/Getty Images)

Bitcoin tem fim de semana de alta volatilidade, após nova ameaça da China | Foto: Marc Bruxelle/ Getty Images (Marc Bruxelle/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de maio de 2021 às 07h05.

Última atualização em 24 de maio de 2021 às 07h18.

O mercado internacional de ações iniciou a semana em tom positivo, com os principais índices em alta nesta manhã de segunda-feira, 24. Ainda que a inflação americana siga entre as principais preocupações do mercado, investidores aproveitam a falta de motivadores macroeconômicos negativos para irem às compras. 

No mercado de futuros americano, o índice Nasdaq tem o melhor desempenho, subindo 0,6%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones avançam pouco menos de 0,5%. Na Europa, as bolsas da Alemanha e da França estão fechadas devido ao feriado de Pentecostes. O destaque fica com a leve alta de 0,3% do índice londrino FTSE 100.

Minério de ferro

Apesar da aparente tranquilidade no mercado de ações, a volatilidade permanece presente na bolsa de Dalian, na China. Por lá, o minério de ferro fechou em queda de 7%, cotado a 163 dólares a tonelada. Segundo o Financial Times, a commodity já acumula cerca de 20% de queda desde que atingiu níveis recordes no início do mês.

O forte movimento de queda ocorre após sinalizações de que o governo chinês irá se esforçar para impedir altas expressivas, que considera serem “especulativas”. Ainda no começo de maio, a bolsa de Dalian chegou a elevar os requisitos para a negociação de contratos de minério de ferro. Nesta segunda, as ameaças vieram da agência de planejamento econômico da China, que disse que irá reprimir qualquer monopólio no mercado, disseminação de informações falsas ou acumulação.

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Com a desvalorização da commodity, ações das principais mineradoras do mundo voltaram a cair nesta segunda. Na Austrália, a Rio Tinto fechou em queda de 2,5%, enquanto os papéis da BHP recuam 0,6% na bolsa de Londres. No pré-mercado americano, as ADRs da Vale (VALE3) caem quase 2%.  As ações da Vale têm a maior participação do Ibovespa e uma queda dessa magnitude pode ser suficiente para derrubar o índice, apesar do cenário externo positivo. 

Bitcoin

Outro mercado que tem apresentado volatilidade fora do comum é o de criptomoedas. Neste fim de semana, o bitcoin chegou a cair 14,5%, com a queda sendo seguida de uma forte alta de 12%. 

Na sexta-feira, 21, o vice-premiê da China, Liu He, e o Conselho de Estado emitiram uma nota em que afirmavam ser necessário “reprimir o comportamento de mineração e comércio de bitcoins e prevenir resolutamente a transmissão de riscos individuais ao campo social”.

De acordo com dados da Bitfinex, o bitcoin acumula queda de 38% desde o início do mês, quando ainda era cotado próximo dos 60.000 dólares. Nesta manhã, sua cotação era de 36.448 dólares.

Agenda econômica

Sem grandes divulgações esperadas para esta segunda, o principal indicador deve ficar com o boletim Focus, em que o mercado brasileiro renova as perspectivas para PIB, inflação e câmbio para o fim deste ano.

Ao longo da semana, o dia mais agitado, em termos de dados econômicos, será a quinta-feira, 27, quando serão divulgados o PIB e os pedidos semanais de seguro desemprego dos Estados Unidos e, no Brasil, a taxa de desemprego medida pelo IBGE.

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