Um colapso de quase 30% nos preços das ações começou a colocar em risco algumas empresas (Getty Images/Matt Stroshane)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2015 às 10h25.
XANGAI/PEQUIM - Companhias chinesas que pegaram dinheiro emprestado usando ações como colateral podem ter que colocar mais ativos ou restituir suas dívidas, carregando efeitos da queda do mercado de ações para a economia real.
Um colapso de quase 30% nos preços das ações começou a colocar em risco algumas empresas que usam tais métodos de financiamento, e o regulador bancário do país disse nesta quinta-feira que iria deixar as instituições financeiras renegociarem termos de empréstimo nestas circunstâncias.
Bancos e outros empréstimos apoiados por ações listadas oficialmente aumentaram cerca de 260% em maio para 58,4 bilhões de iuanes (9,4 bilhões de dólares) em relação ao ano anterior, representando cerca de 4,8% do financiamento social total para o período.
"Não existe dúvida de que todas as companhias estão enfrentando um dilema financeiro", disse Zhang Jihong, secretário do Conselho na Hubei Landing Holding, companhia têxtil que suspendeu a negociação de suas ações na terça-feira - cerca de metade de todas as ações em bolsas do continente estão agora suspensas - após as ações caírem 61.
"É muito cedo para prever qual influência a queda de ações terá na economia real", acrescentou Zhang.