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Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2010 às 21h56.
NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos terminaram na terça-feira a maior baixa diária em quase três semanas, após uma forte queda na confiança do consumidor do país levantar preocupações com uma parte vulnerável da economia.
O Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,97 por cento, para 10.282 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,28 por cento, para 2.213 pontos. O Standard & Poor's 500 perdeu 1,21 por cento, para 1.094 pontos.
A confiança do consumidor recuou em fevereiro para a mínima em 10 meses, com piores perspectivas para o curto prazo com relação ao mercado de trabalho. Resultados de varejistas pouco ajudaram, já que companhias consideradas termômetros do mercado, como a Target, preveem um fraco desempenho no primeiro trimestre.
"Há um pouco de ajuste em termos de perspectiva de crescimento, assim como sobre qual será o principal motor", disse Nick Kalivas, vice-presidente sênior de análise financeira de ações da MF Global, em Chicago.
Se "o prognóstico econômico está ajustando para baixo, certamente os segmento de matérias-primas e semicondutores serão os setores que terão vendas", acrescentou.
Ações associadas a um forte crescimento cíclico na economia foram abatidas. Os papéis de melhor desempenho durante o rali do ano passado, incluindo os de tecnologia, matérias-primas e energia, lideraram a queda desta sessão.
Os futuros do petróleo cederam 1,81 por cento, arrastando consigo o índice de energia do S&P, que caiu 1,5 por cento. A componente do Dow Jones Caterpillar perdeu 2,4 por cento.
A fabricante de chips Intel depreciou-se 2,4 por cento, enquanto o índice de semicondutores PHLX perdeu 2,8 por cento.
Os dados fracos somaram-se ao tom cauteloso antes do testemunho do chairman do Fed, Ben Bernanke, ao Congresso norte-americano, que começa na quarta-feira e cuja pauta será política monetária.
Um outro relatório mostrou que os preços das moradias inesperadamente caíram em dezembro, adicionando preocupações com a sustentabilidade da recuperação econômica.
(Reportagem de Leah Schnurr)