Bank of America em Nova York: EUA alegam que a Countrywide removeu sistematicamente controles de qualidade em favor da velocidade na aprovação dos créditos (Eduardo Munoz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 18h54.
Washington - A quantia exigida pelo governo dos Estados Unidos ao Bank of America (BofA) para o pagamento por fraudes é a máxima permitida em lei, segundo relatório do processo do caso. Os EUA querem que o banco pague quase US$ 864 milhões de pena por ilegalidades em empréstimos para hipotecas da Countrywide (unidade do banco). Segundo o processo, o número reflete as perdas brutas incorridas pelas financiadoras Fannie Mae e Freddie Mac em um programa de empréstimos chamado de "Hustle".
Além do banco, o júri também considerou responsável pela fraude a ex-executiva da Countrywide, Rebecca Mairone, exigindo o pagamento de uma pena "compatível com a capacidade financeira" da acusada.
Os EUA alegam que a Countrywide removeu sistematicamente controles de qualidade em favor da velocidade na aprovação dos créditos, uma vez que estava buscando acelerar os lucros em um momento que o mercado de empréstimos subprime começava a entrar em colapso. "A natureza e as circunstâncias da conduta dos réus demonstram uma inflexível e descarada arrogância, bem como uma tentativa de esconder a sua fraude do júri e do público", diz a ação. "Esse fator pesa em favor de uma penalização significativa".
Através de um porta-voz, o BofA afirmou o programa "Hustle" terminou antes do banco adquirir a empresa de hipotecas Countrywide, em 2008. Antes, a empresa pertenceu às financiadoras Fannie Mae e Freddie Mac.
Segundo especialistas, essa é a primeira vez em que um banco é considerado responsável em um processo civil por erros relacionados a hipotecas. O Bank of America, segundo maior banco em ativos dos EUA, já pagou quase US$ 50 bilhões em custos legais associados à aquisição da Countrywide, de acordo com estimativas de analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.