(Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 20 de abril de 2023 às 09h56.
Última atualização em 20 de abril de 2023 às 12h34.
O dólar abriu em leve queda de 0,13% nesta quinta-feira, 20. Às 9h, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,085. Na véspera, o dólar subia 2,21%, sendo cotado a R$ 5,086. Com isso, a moeda acumula crescimento semanal de -2,5%.
No último pregão, o Ibovespa caiu mais de 2%, enquanto o dólar voltou para acima de R$ 5, com investidores reagindo negativamente aos detalhes do novo arcabouço fiscal. Embora tenha gerado grande expectativa no mercado, o novo arcabouço fiscal trouxe, também, mais dúvidas quanto à sustentabilidade fiscal do país para os próximos anos. Com isso, economistas do mercado avaliam que as regras apresentadas não serão suficientes para reduzir a dívida, que está acima da média para emergentes.
O dólar comercial hoje está em R$ 5,070. Na véspera, a moeda era negociada a R$ 5,087. Após cinco quedas consecutivas, a moeda americana volta aos R$ 5.
Nas casas de câmbio, o dólar turismo abriu em leve queda, sendo cotada a R$ 5,264 nesta quinta-feira. Na véspera, a moeda era negociada a R$ 5,276.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda. O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
Para os investidores da bolsa de valores, as empresas exportadoras tendem a se beneficiar com o dólar alto. Já as companhias que vendem apenas internamente ou que dependem de importações podem se prejudicar. Isso porque a alta do dólar pode aumentar o preço dos produtos e insumos importados, caso a moeda não volte a cair em pouco tempo.
O mercado de fertilizantes e outros insumos agrícolas também é precificado em dólar, ou seja, com a moeda americana em alta, o produtor rural vai ter um custo mais alto antes mesmo de plantar. Esse valor acaba repassado para o produto final, inflacionando a venda para o consumidor.
Acompanhar a cotação do dólar em veículos de notícia é ideal para saber exatamente quando é o momento ideal de comprar, que normalmente é quando a moeda estiver com uma cotação mais baixa.
A questão é que o preço do dólar muda todo dia e várias vezes ao dia. Então a resposta mais coerente seria comprar dólar de maneira diluída, ou seja, de pouquinho em pouquinho. O ideal seria comprar tudo na baixa do dólar, porém com a volatilidade do mercado, é impossível prever quando seria essa baixa.
Veja também: