(Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 18 de abril de 2023 às 09h27.
Última atualização em 18 de abril de 2023 às 17h20.
O dólar fechou em alta nesta terça-feira, 18. Às 9h, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,917, já ao final do dia, em R$ 5,976. Na véspera, o dólar subia 0,43%, sendo cotado a R$ 4,936. Com isso, a moeda acumula queda semanal de -1,8%.
O dólar, que vinha de quatro quedas seguidas, fechou em alta, mas terminou o dia ainda abaixo dos R$ 5.
A moeda foi impactada pelos dados da inflação que foram divulgados no início da semana passada. Os dados do IPCA vieram no menor patamar dos últimos dois anos e abaixo da expectativa do mercado. Somado a isso, os investidores se mostram otimistas com o arcabouço fiscal, que será divulgado nesta terça-feira, 18.
O dólar comercial hoje fechou R$ 4,976. É a segunda semana consecutiva da moeda americana abaixo dos R$ 5.
Nas casas de câmbio, a moeda também fechou em alta, sendo cotada a R$ 5,176 nesta terça-feira. Na véspera, dólar turismo era negociado a R$ 5,136.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda. O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
Para os investidores da bolsa de valores, as empresas exportadoras tendem a se beneficiar com o dólar alto. Já as companhias que vendem apenas internamente ou que dependem de importações podem se prejudicar. Isso porque a alta do dólar pode aumentar o preço dos produtos e insumos importados, caso a moeda não volte a cair em pouco tempo.
O mercado de fertilizantes e outros insumos agrícolas também é precificado em dólar, ou seja, com a moeda americana em alta, o produtor rural vai ter um custo mais alto antes mesmo de plantar. Esse valor acaba repassado para o produto final, inflacionando a venda para o consumidor.
Acompanhar a cotação do dólar em veículos de notícia é ideal para saber exatamente quando é o momento ideal de comprar, que normalmente é quando a moeda estiver com uma cotação mais baixa.
A questão é que o preço do dólar muda todo dia e várias vezes ao dia. Então a resposta mais coerente seria comprar dólar de maneira diluída, ou seja, de pouquinho em pouquinho. O ideal seria comprar tudo na baixa do dólar, porém com a volatilidade do mercado, é impossível prever quando seria essa baixa.
Veja também: