O que distingue os grandes investidores globais, especialmente os americanos, dos brasileiros é o planejamento de longo prazo e a alocação muito diversificada em diversas classes de ativos e geograficamente bem distribuída. (Stock/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de abril de 2023 às 09h45.
Última atualização em 13 de abril de 2023 às 11h28.
CONFIRA QUAL O VALOR DO DÓLAR HOJE, 13/04
O dólar abriu em queda de 0,15% nesta quarta-feira, 12. As 9h05 a moeda norte-americana era cotada a R$ 4,999. Na véspera, o dólar caiu expressivamente em 1,17%, sendo cotado a R$ 5,0067. Esse foi o menor patamar desde junho de 2022.
O dólar comercial hoje está sendo cotado a R$ 4,999.
Já nas casas de câmbio, a moeda abriu em alta, sendo cotada a R$ 5,209 nesta quarta-feira. O dólar turismo era negociado a R$ 5,192 na véspera.
O Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) ficou em 0,1% no mês de março ante expectativa de 0,2% de alta. No acumulado de 12 meses, o CPI caiu de 6% para 5,0%, indo ao menor patamar desde a maio de 2021.
Além de impulsionar as bolsas estrangeiras, os dados mais fracos que o esperado levam investidores a desmontarem gradualmente as apostas de uma nova alta de juros nos Estados Unidos.
Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, acredita que, com outros dados da economia americana também saindo mais fracos, deve haver espaço para o Federal Reserve passar a discutir cortes de juros a partir do próximo semestre. "Isso vai tirar a pressão do dólar. O dólar pode fechar hoje abaixo de R$ 5 com o enfraquecimento global da moeda e a valorização de commodities", disse.
Dólar comercial
Dólar turismo
O dólar comercial é o preço da moeda praticado em transações de exportações, importações, transferências financeiras e que normalmente são feitas por empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda. O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
Para os investidores da bolsa de valores, as empresas exportadoras tendem a se beneficiar com o dólar alto. Já as companhias que vendem apenas internamente ou que dependem de importações podem se prejudicar. Isso porque a alta do dólar pode aumentar o preço dos produtos e insumos importados, caso a moeda não volte a cair em pouco tempo.
O mercado de fertilizantes e outros insumos agrícolas também é precificado em dólar, ou seja, com a moeda americana em alta, o produtor rural vai ter um custo mais alto antes mesmo de plantar. Esse valor acaba repassado para o produto final, inflacionando a venda para o consumidor.
Acompanhar a cotação do dólar em veículos de notícia é ideal para saber exatamente quando é o momento ideal de comprar, que normalmente é quando a moeda estiver com uma cotação mais baixa.
A questão é que o preço do dólar muda todo dia e várias vezes ao dia. Então a resposta mais coerente seria comprar dólar de maneira diluída, ou seja, de pouquinho em pouquinho. O ideal seria comprar tudo na baixa do dólar, porém com a volatilidade do mercado, é impossível prever quando seria essa baixa.
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