Haddad: o petista é a novidade da semana após da tática adotada pelo partido (Rodolfo Buhrer/Reuters/Reuters)
Karla Mamona
Publicado em 14 de setembro de 2018 às 17h25.
Última atualização em 14 de setembro de 2018 às 17h34.
São Paulo - Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) serão os candidatos que disputarão a presidência no segundo turno. É o que afirma a equipe econômica da XP Investimentos, que mudou de posicionamento após as divulgações de pesquisas eleitorais. Anteriormente, a aposta era que Bolsonaro iria disputar o segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB).
Em relatório a clientes, a XP Investimentos afirmou que as eleições de fato começaram agora com o PT em campanha, após anunciarem a candidatura de Fernando Haddad. O petista deve crescer nas próximas pesquisas embalado por campanha publicitária que tem acertado o tom e a leitura política.
Disse ainda que Haddad têm de crescer e se distanciar do pelotão que hoje inclui Alckmin, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).
“O PT levará com força o nome de Fernando Haddad, mas aceita votos em ‘Andrade’ ou ‘Adauto’, ou como o eleitor quiser chamar seu candidato, assim como aceitou votos em ‘Vilma’ em 2010”.
Alckmin x Bolsonaro
Sobre o tucano, a XP afirmou que sua ida ao segundo turno não pode ser descartada, mas certamente está mais improvável. Os analistas acreditam que Alckmin dobrará a aposta contra Bolsonaro e partirá para o ataque, mesmo com o potencial de dar errado.
Até a semana passada, os analistas acreditavam que a campanha de Alckmin para televisão estava surtindo efeito, já que ele usava o espaço para fazer a rejeição de Bolsonaro crescer. Entretanto, o cenário mudou após o atentado contra o deputado.
“O ataque parou os tucanos por uma semana e fez os 9 segundos de propaganda do deputado se transformarem em 24 horas diárias de cobertura midiática, o que, por evidente, mudou a dinâmica das coisas.”
A dúvida que paira no mercado financeiro é que no momento que o ataque, mais pesado voltar, o que pode acontecer neste final de semana, ele surtirá ou não o mesmo efeito. “Está mais difícil a vida do tucano hoje, que dez dias atrás, o tempo está mais curto.”