"O protesto é absolutamente normal nas democracias. O mercado respeita o direito de manifestação dos cidadãos, mas não acredito que isso será determinante na formação de preço dos ativos", disse Soares (Gustavo Kahil / Exame.com)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 15h44.
Londres - As manifestações dos últimos dias no Brasil são acompanhadas pelos investidores internacionais, mas o efeito sobre os negócios é limitado.
A opinião é do diretor sênior e responsável pela área de pesquisa de mercados emergentes do Espírito Santo Investment Bank, José Martins Soares. "Protestos são normais e fazem parte das democracias", resume.
Soares, que acompanha a economia brasileira há 15 anos, comenta que investidores estrangeiros não mudam suas posições por fatos como as manifestações populares.
"O protesto é absolutamente normal nas democracias. O mercado respeita o direito de manifestação dos cidadãos, mas não acredito que isso será determinante na formação de preço dos ativos", disse em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
"Após os protestos no Brasil, a percepção do investidor estrangeiro não mudou", reforçou, ao comentar que tem acompanhado os protestos no país e que manifestações semelhantes ocorreram em outros locais - inclusive em mercados desenvolvidos como Espanha, França, Reino Unido e Portugal - e praticamente não há impacto nos mercados.
"Nessas situações, a única coisa a lamentar é quando, infelizmente, há feridos".