Queda foi impulsionada por paradas para manutenção em Búzios (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)
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Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 20h43.
A produção de óleo e gás natural da Petrobras (PETR4) caiu 10,5% no quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 2,628 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed). No acumulado do ano, a estatal registrou produção de 2,698 milhões de barris diários, queda de 3% em relação a 2023.
O desempenho do quarto trimestre também ficou 3,4% abaixo do volume registrado no terceiro trimestre. Segundo a petroleira, o resultado foi influenciado pelo maior número de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensadas pela entrada em operação das plataformas FPSO Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias, além do crescimento da produção no FPSO Sepetiba.
Apesar da retração, a Petrobras cumpriu suas metas de produção dentro da faixa estabelecida no Plano Estratégico 2024-2028+. Além disso, a companhia atingiu novos recordes anuais de produção no pré-sal, com 2,2 milhões de barris diários operados exclusivamente pela estatal e 3,2 milhões de barris considerando parceiros. A camada do pré-sal respondeu por 81% do volume total produzido pela empresa em 2024.
As vendas totais de petróleo, gás e combustíveis da Petrobras somaram 2,914 milhões de barris por dia em 2024, queda de 3,1% na comparação anual. As exportações de petróleo e derivados também recuaram, totalizando 798 mil barris diários, baixa de 1%.
Por outro lado, houve crescimento nas vendas de gasolina e QAV (querosene de aviação). No último trimestre do ano, a comercialização de gasolina avançou 9,1%, impulsionada pela maior movimentação de veículos durante as festas de fim de ano e pelo impacto do pagamento do 13º salário. Já o QAV teve alta de 6,4% no mesmo período, refletindo o aumento da demanda do setor aéreo nas férias.
As vendas de diesel, por sua vez, caíram 3,8%, impactadas pelo fim do plantio da safra de verão e pela menor atividade industrial. Já o gás natural teve redução de cerca de 2 milhões de m³/dia no quarto trimestre em razão da maior participação de outros agentes no mercado e à menor demanda de setores não termelétricos.
A geração de energia elétrica da estatal também caiu 12,5%, reflexo do nível mais alto dos reservatórios e da menor necessidade de despacho térmico no sistema elétrico.
No refino, a produção de gasolina cresceu 4,8% no quarto trimestre, enquanto a de querosene de aviação avançou 4,5%, acompanhando a alta na demanda. Segundo a Petrobras, a oferta de gasolina permaneceu em patamar elevado ao longo do segundo semestre, alinhada à necessidade do mercado.