O diretor-executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, de 28 anos, acionou a campainha de abertura da bolsa (©AFP / Emmanuel Dunand)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2012 às 17h25.
Nova York - O imbróglio envolvendo a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Facebook pode fechar as portas para operações desse tipo a companhias de tecnologia. Com mais detalhes vindo à tona e vários processos se materializando, está claro que o problema da operação da companhia americana deve desencorajar os investidores, mesmo as grandes instituições acostumadas ao risco, de participar de IPOs, principalmente os de tecnologia.
"Acredito que isso vai congelar o mercado de IPO até que haja alguma estabilidade e algumas respostas para o que deu errado com o Facebook", disse Scott Sweet, sócio-gerente sênior do IPO Boutique. Questionamentos têm surgido tanto à habilidade do mercado de gerenciar ofertas de ações populares quanto aos discutíveis comportamentos dos bancos de investimento, que parecem ter encontrado uma maneira de continuar fornecendo apenas a "clientes selecionados" informações privilegiadas.
O IPO do Facebook foi um dos mais aguardados em anos. Apesar de rumores sobre o valor que as ações poderiam atingir, o que se viu foram os papéis caindo mais de 18% em suas três primeiras sessões de negociação. Embora a ação tenha fechado na quarta-feira em alta de 3%, aos US$ 32, os papéis do Facebook permanecem 15% abaixo do preço do IPO, de US$ 38.
Mais detalhes têm vindo à tona diariamente sobre a abertura de capital do Facebook. Na terça, a agência Reuters noticiou que um analista de internet do Morgan Stanley - principal subscritor do IPO - cortou sua previsão para as receitas da rede social americana pouco antes da estreia das ações. O banco teria divulgado essa informação somente para seus clientes mais "importantes". As informações são da Dow Jones.