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Primeiros anúncios de Trump e adiamento das tarifas para China: o que move o mercado

O republicano já anunciou uma série de movimentos, como a saída dos EUA do Acordo de Paris e o desejo de tomar o Canal do Panamá de volta

Radar: mercados globais acompanham primeiros movimentos de Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

Radar: mercados globais acompanham primeiros movimentos de Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 08h26.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 09h01.

Investidores globais repercutem nesta terça-feira, 21, as primeiras medidas de Donald Trump, que assumiu a presidência dos Estados Unidos na segunda-feira, 20.

A estreia de seu segundo mandato fez o dólar ganhar força frente aos pares internacionais. Entretanto, por aqui, o dia de menor liquidez com as bolsas americanas fechadas e a intervenção do Banco Central (BC) fizeram a moeda ceder.

Na volta do feriado de Martin Luther King, os índices futuros de Nova York sobem, enquanto a curva de juros futuros recua, o que pode ajudar a bolsa brasileira a se manter no azul na sessão de hoje.

Primeiros movimentos de Trump

O republicano já anunciou uma série de movimentos, como a saída dos EUA do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o desejo de tomar o Canal do Panamá de volta, a ideia de declarar emergência nacional na fronteira americana com o México e a estratégia de aumentar a produção de combustíveis nos EUA ajudará a baixar a inflação.

Entretanto, para o mundo dos investimentos, o foco está nas tarifas. Trump afirmou que pretende aplicar uma tarifa de 25% sobre as importações do Canadá e México já no dia 1º de fevereiro, alegando que esses países estão permitindo o aumento no fluxo de imigrantes não documentados e drogas para os EUA.

Em relação à China, o presidente adiou a imposição de tarifas específicas contra o país no primeiro dia de mandato, optando por direcionar sua administração a abordar práticas comerciais desleais globalmente. A decisão, divulgada em um documento interno ainda não público segundo a Bloomberg, busca reverter o que Trump chamou de “impacto destrutivo da política globalista de comércio”.

O movimento gerou um certo alívio nos mercados, já que todos esperavam que o republicano fosse mais enfático na questão das tarifas contra a China em seu primeiro discurso. Apesar disso, durante a noite no Capital One Arena, em encontro com uma multidão de apoiadores, ele disse: “Vamos encher os bolsos e vamos ficar ricos com as tarifas [de importação]” e que “só há duas palavras mais bonitas que tarifa: Deus e amor”.

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