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Previ discute como adequar participação na Vale

As regras da Previc estabelecem que nenhum fundo tenha mais do que 25% do capital de uma companhia, mas a Vale é o maior ativo nas mãos do fundo


	Previ: a Previ quer definir junto ao regulador a melhor forma para cumprir as regras sem prejudicar o fundo e sem desrespeitar acordos já assinados
 (Divulgação)

Previ: a Previ quer definir junto ao regulador a melhor forma para cumprir as regras sem prejudicar o fundo e sem desrespeitar acordos já assinados (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 13h04.

São Paulo - O diretor de participações da Previ, Fundo de Pensão do Banco do Brasil, Marco Geovanne, afirmou nesta terça-feira, 29, que o fundo está discutindo um maior prazo para cumprir com as normas da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador do setor, quanto a sua fatia na Vale.

As regras da Previc estabelecem que nenhum fundo tenha mais do que 25% do capital de uma companhia e nenhuma empresa pode representar mais de 10% do portfólio de um fundo. A Vale é o maior ativo nas mãos da Previ.

Segundo o diretor do fundo, a participação da Vale no portfólio da Previ cresceu e atingiu um alto porcentual por conta da grande valorização dos papéis na mineradora na bolsa nos últimos anos - mas não revelou quanto.

Segundo Geovanne, além de o mercado estar em um período de baixa, tornando menos atrativa a venda de ações, a Previ possui um acordo de acionistas válido até 2017.

"Não é falta de vontade, mas não pode se impor perdas ao fundo (com a venda de ações em um cenário avesso)", disse Geovanne a jornalistas, após participar de painel de seminário organizado pela Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec).

Segundo ele, a participação que o fundo possui na Vale é estratégica e a Previ quer definir junto ao regulador a melhor forma para cumprir as regras sem prejudicar o fundo e sem desrespeitar acordos já assinados.


OGX e Petrobras

Geovanne explicou ainda que a Previ zerou a sua exposição na OGCX ao longo do ano passado. Por sua vez, o fundo está satisfeito com o caminho que vem sendo tomado pela Petrobras e enalteceu a arrancada das ações da estatal na segunda-feira, 28, após a empresa anunciar que adotaria uma nova metodologia para ajustes dos preços da gasolina e do diesel.

"Acho que a presidente (da Petrobras, Graça Foster) está buscando fazer a lição de casa", disse o executivo, destacando que a Previ também está satisfeita com a exposição que detém na petrolífera, de cerca de 3% do capital total. "Já temos uma boa participação em óleo e gás", disse.

O diretor disse ainda que o fundo tem como objetivo aumentar a sua participação em private equity, segmento no qual possui cerca de R$ 800 milhões investidos, montante que poderia subir para cerca de R$ 4 bilhões.

O executivo reiterou que os focos de investimentos da Previ são os setores de óleo e gás, consumo e infraestrutura.

Questionado se a Previ aproveitou o momento de baixa no mercado para comprar ações em bolsa, Geovanne disse que valeu-se de "algumas oportunidades", mas destacou que fundos devem manter o seu olhar no longo prazo, mantendo a atenção para o pagamento de benefícios a cotistas, e não ter posições especulativas no mercado.

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