Dropbox: plano é vender 36 milhões de ações em uma faixa de preço de 16 a 18 dólares por papel (Mark Ovaska/Bloomberg)
Rita Azevedo
Publicado em 12 de março de 2018 às 12h01.
Última atualização em 12 de março de 2018 às 12h03.
São Paulo -- A empresa de compartilhamento de dados Dropbox apresentou, nesta segunda-feira, novos detalhes da sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que deve acontecer nas próximas semanas nos Estados Unidos.
A companhia, sediada na Califórnia, disse que espera levantar, ao menos, 648 milhões de dólares na operação. O plano é vender 36 milhões de ações em uma faixa de preço de 16 a 18 dólares por papel.
Caso o ponto médio do intervalo seja alcançado, o Dropbox será avaliado em cerca de 7,5 bilhões de dólares. Há alguns anos, quando investidores fizeram um aporte, a empresa foi avaliada por um valor superior, de 10 bilhões de dólares.
Como destaca o The New York Times, nesta fase em que tenta atrair potenciais investidores, o grande desafio dos executivos do Dropbox será o de mostrar que a empresa tem muito mais condições de ser um Facebook -- que a cada ano vê suas ações ganharem valor -- do que um Snapchat, cujos papéis caíram 34% desde a estreia em bolsa.
Há pouco mais de um ano, os investidores se apressaram em comprar ações da Snap no IPO, que na época custavam 17 dólares cada, e disputaram os papéis no primeiro dia de negócios, quando o valor dos papéis da empresa disparou 44%.
A popularidade do aplicativo de rede sociais com jovens foi vista como uma grande ameaça ao Facebook. Mas o ritmo de expansão da base de usuários do Snap ao longo do ano passado não conseguiu atender às expectativas e os papéis começaram a perder valor.
Em 2017, a receita do Dropbox foi de 1,11 bilhão de dólares, mais do que o registrado um ano antes, quando a empresa gerou 844,8 milhões de dólares em receitas.
De um ano para outro, o prejuízo líquido da companhia diminuiu para 111,7 milhões de dólares ante os 210,2 milhões de 2016.
A empresa tem 11 milhões de usuários pagantes em 180 países. Em 2017, cerca de metade de sua receita de 2017 veio de clientes fora dos Estados Unidos.
Com agência Reuters.