A S&P e seus competidores Moody's e Fitch foram acusados de acentuar a crise da Eurozona ao degradar a classificação de países europeus endividados (AFP/Stan Honda)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 07h54.
Nova York - O novo presidente da Standard & Poor's, Doug Peterson, defendeu os métodos mais agressivos adotados em junho pela agência de classificação, cuja aplicação originou a perda do "Triplo A" para Estados Unidos e França.
A empresa, com sede em Nova York e que fez os mercados e os governos tremerem nos últimos meses, adotou no dia 30 de junho uma revisão de seus procedimentos de avaliação financeira dos países.
Estes novos procedimentos "proporcionam a base para realizar nossa análise", disse Peterson ao Wall Street Journal, em cujo site foram publicadas as declarações.
Cinco semanas após estas reformas, a S&P desencadeou um terremoto político ao reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos. Na semana passada, nove países da Eurozona também sentiram os efeitos destas novas práticas, entre eles a França, que perdeu seu "AAA", e a Itália, cuja classificação caiu dois graus, a "BBB+".
A S&P e seus competidores Moody's e Fitch foram acusados de acentuar a crise da Eurozona ao degradar a classificação de países europeus endividados ou com um forte déficit orçamentário em momentos chave.