Bolsa de Milão: a bolsa de Milão ainda acumula alta de 14% desde o início do trimestre, melhor desempenho desde 2009 (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 14h55.
São Paulo - As ações italianas atingiram a mínima em três semanas nesta segunda-feira, após renúncias de ministros ameaçarem a sobrevivência do governo do país, enquanto disputas políticas sobre o orçamento dos Estados Unidos também prejudicaram o ânimo do investidor europeu.
O índice FTSEurofirst 300, que acumula alta de mais de 8 por cento neste trimestre, fechou em queda de 0,59 por cento, para 1.247 pontos, após bater mais cedo a mínima em três semanas, a 1.241 pontos. O índice europeu de volatilidade disparou 15 por cento, para a máxima em três semanas.
O índice italiano FTSE MIB perdeu 1,2 por cento, para 17.434 pontos, após tocar mais cedo 17.199 pontos, menor nível desde 10 de setembro, depois de ministros do partido de Silvio Berlusconi deixarem o gabinete devido a ameaças de expulsá-lo do parlamento após ser condenado por fraude tributária.
O índice reduziu perdas após cerca de 20 parlamentares do Partido do Povo (PDL, na sigla em italiano) de Berlusconi ameaçar formar grupo dissidente a menos que o ex-premiê renuncie.
A bolsa de Milão ainda acumula alta de 14 por cento desde o início do trimestre, melhor desempenho desde 2009.
No entanto, investidores estão nervosos já que as turbulências políticas têm potencial de impactar a recuperação econômica da Itália. A agência de classificação de risco FItch disse que incerteza prolongada no país pode levar ao rebaixamento da classificação de risco.
"Eu não investiria a Itália neste momento, uma vez que a incerteza política está trazendo alguns temores sobre a estabilidade do governo. Eu preferiria investir na ... Alemanha e na França", disse o gestor de alocação de ativos do B Capital Wealth Management, Anthony Chemla.
"... (Mas) se a estabilidade política voltar, pode ser um catalisador para o mercado italiano", acrescentou.