Petróleo: Opep e a Rússia estão travando a produção desde janeiro do ano passado e os cortes deverão durar até 2018 (Mike Stone/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 10h18.
Londres - Os preços do petróleo caíam após ganhos iniciais nesta quarta-feira, mas continuavam sendo sustentados por uma oferta apertada e forte demanda global.
Fundamentos mais apertados levaram a uma alta de cerca de 13 por cento dos preços de referência em relação aos valores no início de dezembro, ajudados pelas restrições de produção da Opep e da Rússia, bem como pelo crescimento da demanda saudável.
O petróleo Brent recuava 0,39 dólar, ou 0,56 por cento, a 68,76 dólares por barril, às 9:38 (horário de Brasília), depois de atingir 69,37 dólares. Na segunda-feira, o Brent subiu para 70,37 dólares o barril, o mais alto nível desde dezembro de 2014.
O petróleo dos Estados Unidos caía 0,28 dólar, ou 0,44 por cento, a 63,45 dólares por barril, após tocar 63,89 dólares. O WTI atingiu 64,89 dólares na terça-feira, também o mais alto nível desde dezembro de 2014.
"Atualmente não há motivos para acreditar que houve uma mudança significativa no sentimento fundamental e que a liquidação é, até agora, vista como uma correção técnica", disse Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates em Londres.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia estão travando a produção desde janeiro do ano passado e os cortes deverão durar até 2018.
A restrição da oferta coincide com demanda saudável e o crescimento econômico sólido e, como resultado, o mercado se apertou, contribuindo para a alta de mais de 50 por cento dos preços desde junho de 2017.