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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O preço das ações nas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) realizadas este ano tem sido "felizmente" mais realistas, na avaliação da presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana. Até hoje foram realizadas quatro aberturas de capital no mercado brasileiro, e em todas as operações o valor por ação ficou abaixo da faixa indicada pelos bancos de investimento que coordenaram as operações.
Apesar da maior cautela dos investidores com os IPOs, Maria Helena destacou a retomada da atividade do mercado de capitais brasileiro após a crise financeira. "Tudo indica que neste ano será retomada a trajetória ascendente que vinha sendo registrada desde 2004", afirmou a presidente da CVM, que participou nesta quinta-feira do Ranking Agência Estado Analistas 2009, evento promovido pela Agência Estado que premia os profissionais do mercado financeiro e corretoras que proporcionaram os maiores retornos aos investidores com base em suas recomendações para as ações negociadas na Bolsa.
No primeiro trimestre de 2010, o volume de captações das empresas já é praticamente o dobro do verificado no ano passado. De acordo com Maria Helena, o crescimento do mercado brasileiro traz novos desafios para os profissionais que trabalham na área. "O universo de empresas a acompanhar cresceu muito", disse, ao lembrar que o número de ações que negociam mais de um R$ 1 milhão por dia no pregão da Bolsa mais que triplicou nos últimos 10 anos, de 54 para 165 companhias.
Para acompanhar esse crescimento, a autarquia prepara mudanças na regulação que trata da atividade de analista de investimentos. A nova regra, que já está pronta e deve ser editada no próximo mês, tem como um dos objetivos aumentar a independência do profissional que faz recomendações de compra ou venda de ativos financeiros, segundo Maria Helena.
Economia e negócios
Atento ao crescimento da economia e do mercado de capitais, o Grupo Estado vem ampliando sua cobertura de economia e negócios tanto no jornal O Estado de S.Paulo quanto na Agência Estado e na Rádio Eldorado. O presidente do Grupo Estado, Silvio Genesini, destacou a criação do novo caderno de negócios do jornal e lembrou que a empresa possui a maior equipe de jornalistas especializados na área econômica no País, com 170 profissionais. "A informação contribui para a criação de um mercado mais forte. Queremos fazer parte da transformação do Brasil em um grande centro financeiro internacional", disse.
O Ranking AE Analistas 2009 foi vencido pelo analista David Lawant, da Itaú Securities, que apresentou uma rentabilidade de 220,9% na carteira de ações recomendadas por ele no ano passado. A corretora vencedora foi a Ágora, comprada em 2008 pelo Bradesco, que apresentou rentabilidade média de 112% nas ações recomendadas por seus analistas no ano passado, ante um retorno de 82,6% do Ibovespa no período.
O diretor-executivo da Agência Estado, Daniel Parke, destacou que o Ranking AE Analistas 2009 teve seus resultados auditados pela KPMG pela primeira vez desde sua criação, em 1998. A premiação realizada hoje é o primeiro de três eventos que marcam a comemoração dos 40 anos da Agência Estado neste ano. No próximo mês será realizado o Destaque AE Projeções, e em maio ocorrerá o Destaque AE Empresas. O Grupo Estado completou 135 anos em janeiro.
Segundo Parke, os investimentos aprovados para a Agência Estado neste ano são os maiores da história. Além do foco em conteúdo, os aportes serão voltados para a plataforma tecnológica. O executivo informou ainda que a empresa lançará um sistema de comunicação via mensagens instantâneas chamado AE Chat.