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Preço do algodão faz HSBC reduzir projeções para SLC Agrícola

Crescimento “decepcionante” da área plantada também pesou sobre a avaliação

Analistas do HSBC reduziram o preço-alvo de R$ 25 para R$ 22 até o final de 2011 (David Nance/Wikimedia Commons)

Analistas do HSBC reduziram o preço-alvo de R$ 25 para R$ 22 até o final de 2011 (David Nance/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 13h38.

São Paulo – A vulnerabilidade nos preços do algodão e o “crescimento decepcionante” na área plantada fizeram a equipe de pesquisa do HSBC reduzir suas projeções para a produtora de commodities SLC Agrícola (SLCE3).

Em relatório, os analistas Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain cortaram o preço-alvo de 25 reais para 22 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 18,91% frente à cotação de 18,50 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação foi reiterada como neutra.

Segundo o HSBC, a nova estimativa reflete os ajustes nos preços médios dos grãos (principalmente algodão) e nos custos por hectare, menores taxas de crescimento anual na área plantada de médio prazo, além dos resultados apresentados pela companhia durante o primeiro trimestre de 2011.

Herrera, Maia e Jain acreditam que os preços das commodities apresentaram desempenho superior no último ano, mas que agora estão se estabilizando no curto prazo. “Vemos os preços do algodão (a cultura mais importante da SLC) apresentando moderação conforme aumenta a produção, equiparando-se com a demanda”, afirmam.

“A soja está basicamente em equilíbrio (em comparação a níveis contínuos de produção recorde anteriormente). Vemos o milho como o produto com o maior potencial para pressões nos preços para cima, considerando sua relação estoque/consumo muito baixa em um cenário de demanda robusta”, completam.

Área plantada

A SLC espera levantar aproximadamente 230 milhões de dólares para aumentar a área plantada em cerca de 70 mil hectares, por meio da criação da Landco, joint venture imobiliária criada em fevereiro de 2010 para negociar terras no Brasil.

Apesar dos atrasos no projeto, a equipe de pesquisa do HSBC acredita que este novo empreendimento deverá potencializar as ações da SLC Agrícola quando estiver em operação, adicionando recursos necessários para o crescimento da área plantada.

“Contudo, a LandCo sofre atraso enquanto a SLC e os investidores analisam as iniciativas do governo para fazer
valer as leis existentes (ou criar leis novas) em relação à participação estrangeira nas terras brasileiras”, e isso tem provocado um “atraso considerável” na criação da Landco, explica o HSBC.

“Estamos positivos em relação à estratégia da LandCo para a SLC, porém acreditamos que, até sua finalização, o crescimento da área plantada será limitado”, opinam. Os analistas ainda destacam que uma revisão para cima do valor das fazendas da SLC por uma avaliação independente também deve incentivar a alta dos papéis da companhia.

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