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Powell no Senado, IPCA de janeiro e tarifas sobre o aço: o que move o mercado

No Brasil, Davi Alcolumbre recebe nesta terça-feira os ministros Fernando Haddad e Alexandre Padilha para falar da pauta econômica

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 08h19.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 08h35.

Esta terça-feira, 11, começa com a divulgação da Casa Branca das ordens executivas assinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que preveem a adoção de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio feitas pelo país. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. A medida passa a valer em 12 de março.

Ao meio dia de hoje, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano, irá participar de sua audiência semestral no Senado dos Estados Unidos para discutir política monetária. A expectativa é que o presidente do Fed aborde as recentes políticas tarifárias de Trump.

Na Ásia, as bolsas de valores terminaram o dia de forma mista. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,06%. Na China, as bolsas de Xangai e Shenzhen tiveram queda de 0,12% e 0,49%, respectivamente, pressionadas por ações do setor imobiliário e de consumo. Já na Coreia e em Taiwan, os mercados fecharam em alta. O coreano Kospi subiu 0,71% e o taiwanês Taiex teve ganhos de 0,57%. A bolsa de Tóquio não operou em razão de um feriado local.

Em Londres, antes da abertura do mercado, a gigante do setor de energia BP divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2024. A empresa teve um lucro de US$ 1,17 bilhão no período — acima do esperado por analistas, mas ainda assim o mais baixo em quatro anos.

Em relação ao mesmo período de 2023, houve uma queda de 61% nos lucros, o que coloca o quarto trimestre de 2024 como o mais fraco desde o quarto trimestre de 2020. Após a divulgação, o CEO da BP informou que pretende fazer mudanças na estratégia da companhia.

Agenda do Brasil 

No Brasil, a terça-feira começa com a divulgação de indicadores. Às 9h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga o IPCA de janeiro e dados sobre a produção industrial regional de dezembro.

No mercado, é esperado que haja uma desaceleração na inflação de janeiro impulsionada pela queda no preço da energia elétrica. Na mediana, a projeção é que o IPCA caia de 0,52% em dezembro para 0,16% em janeiro.

Na agenda política, o ministro da Fazenda Fernando Haddad tem uma reunião com o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, às 14h, para discutir a agenda econômica do ano. Também são esperados no encontro os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues e Jaques Wagner.

A prioridade do governo é garantir a isenção do imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. Para custear o benefício, a estratégia é tributar quem tem renda acima de R$ 50 mil.

Na semana passada, o ministro Haddad se encontrou com Hugo Motta, presidente da Câmara. No encontro, Motta afirmou que a Câmara estava disposta a discutir a questão dos supersalários. Agora, é preciso saber qual será o posicionamento do Senado.

No Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma reunião marcada às 15h30 com os ministros Haddad, Simone Tebet e Esther Dweck para discutir o orçamento de 2025. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também é esperado.

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