Invest

Possibilidade de novo acordo traz alívio e Azul sobe 18% na bolsa

Mercado repercute reportagem da Reuters que afirma que a Azul está próxima de fechar um novo acordo com arrendadores de aviões

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 15h40.

Tudo sobreAzul
Saiba mais

As ações da Azul (AZUL4) subiam 18% nesta sexta-feira, 13, após a publicação de uma notícia pela Reuters de que a companhia está próxima de fechar um novo acordo com arrendadores de aviões, oferecendo ações para pagar cerca de US$ 600 milhões em dívida.

De acordo com a reportagem, em vez de emitir todas as ações necessárias para cobrir os US$ 570 milhões, o que geraria uma diluição significativa para os acionistas atuais, a companhia aérea está negociando para que os arrendadores recebam uma participação de 20% na Azul. Isso atribuiria um valor patrimonial potencial de US$ 2,9 bilhões para 100% da companhia, em comparação aos US$ 250 milhões atuais.

Para o Goldman Sachs, a renegociação também pode abrir espaço para que a Azul emita novas dívidas, aliviando as preocupações dos investidores em relação à liquidez, especialmente com os vencimentos previstos para os próximos trimestres. O risco de diluição do instrumento de capital de US$ 570 milhões em circulação é uma das principais preocupações dos investidores.

Em relatório publicado, o banco disse se os ajustes na estrutura de capital forem confirmados, as ações poderiam ser reclassificadas. Atualmente, o banco tem recomendação de compra da Azul com preço-alvo de R$ 12,20.

No final de agosto, a Azul realizou uma call com analistas do mercado para discutir seus recentes esforços de reestruturação da dívida. Na ocasião, a companhia negou as possibilidades de uma oferta de ações ou de um processo de Chapter 11, além de fornecer mais detalhes sobre o esperado acordo comercial com os principais arrendadores — cerca de seis — para resolver a iminente diluição acionária. A empresa explicou sua intenção de buscar uma única parcela fixa para a conversão da dívida.

De acordo com o BTG Pactual, mesmo grupo controlador da EXAME, a medida deve resultar em uma diluição entre 20% e 30%, ligeiramente acima da meta de 18% da estrutura atual, com um preço de exercício de R$ 36 por ação. O banco estima um preço-alvo de R$ 17 para as ações da Azul, mantendo uma recomendação neutra.

Acompanhe tudo sobre:AzulAçõesbolsas-de-valoresMercado imobiliário

Mais de Invest

Como negociar no After Market da B3

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida