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Positivo negocia com “grande desconto” e sem rumores

Empresa se beneficia por ser a maior fornecedora de PCs para o governo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 17h18.

São Paulo - Depois de ver suas ações dispararem e despencarem de um dia pro outro, a Positivo (POSI3) tornou-se atrativa aos investidores. Na opinião do analista José Cataldo, da corretora Ágora, as ações são negociadas com grande desconto frente aos seus pares internacionais. Ele recomenda a compra e estabelece um novo preço-alvo de 7,90 reais para dezembro de 2013 - na projeção anterior o preço era de 8,60 reais por ação.

No começo do mês, as ações despencaram na bolsa com o anúncio da compra da CCE pela Lenovo. Os investidores estavam esperando que a empresa chinesa fechasse negócio com a Positivo.

Não foi a primeira vez, nem a segunda ou terceira, que as ações se moveram com base em especulações sobre uma possível venda da empresa para a asiática. Apenas em 2011, a brasileira precisou negar quatro vezes os rumores. Em 2010, os boatos forçaram mais um esclarecimento em abril e, em 2009, em dezembro. Isso contando os mais recentes.

Apesar de ser negociada com desconto, o analista vê riscos importantes em seu setor de atuação, como alta sensibilidade a taxa de câmbio e ao crédito do consumidor e diversos competidores internacionais.


Dessa forma, a expectativa é de que as vendas de PC cresçam 7,8% em 2012, chegando a 16,6 milhões de unidades. Na comparação com 2011, quando as vendas cresceram 12,5%, nota-se que há uma desaceleração.

Projeções

Em função desses riscos e dos menores volumes de vendas e preços projetados, o analista reduziu suas projeções. Na nova estimativa, a receita líquida fica em 2,28 bilhões de reais em 2012, 13,9% menor do que a estimativa anterior, e em 2,52 bilhões para 2013 – 14,8% menor.

O Ebitda para 2012 também foi reduzido para 122 milhões de reais, 15,7% menor que a projeção anterior. Para 2013, a projeção é de 148 milhões de reais, 15,6% menor que o estimado anteriormente.

Para o próximo trimestre, o cenário deve ser mais competitivo, com a compra da CCE pela Lenovo. Como consequência, o analista espera que o crescimento do volume de vendas da Positivo fique abaixo do crescimento do mercado global. Ele destaca, no entanto, que mesmo em um cenário mais complicado, a Positivo se mantém na disputa do primeiro lugar no mercado de PC, por conta de sua força no segmento de varejo e pelas vendas para o governo.

A empresa já anunciou uma carteira de pedidos de 350 mil computadores vindos do governo brasileiro e 100 mil para o governo argentino. Além disso, a empresa também já anunciou ser a principal vencedora de uma licitação do governo para a venda de tablets.

A CCE é a segunda maior fornecedora de computadores para o governo e deve ganhar mais espaço no mercado após ter sido adquirida pela Lenovo. O analista acredita que a Positivo irá perder 1,5 ponto percentual de mercado em 2013 e 1 ponto percentual em 2014. 

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