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Positivo: ações devem continuar pressionadas em 2011, diz Link

Corretora traça cenário de concorrência acirrada e queda ainda maior da fatia de mercado no ano que vem

Positivo Mini (Divulgacao/Positivo Informática)

Positivo Mini (Divulgacao/Positivo Informática)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 09h43.

São Paulo – Com margens diminuídas e lucro líquido abatido em 74%  pelo acirramento da concorrência no setor de tecnologia no terceiro trimestre, a Positivo Informática (POSI3) não deve ter uma vida muito mais fácil em 2011. O cenário foi traçado pela corretora Link Investimentos, que também rebaixou as estimativas da empresa para o ano que vem em relatório desta quinta-feira (2).

A Link cita o último resultado trimestral negativo como motivador para manutenção do preço-alvo para as ações em 2011 em 13,80 reais. A recomendação foi mantida em market perform (performance em linha com o mercado). “O acirramento da competição no varejo e o reposicionamento de preços de seus produtos no terceiro trimestre nos levou a reduzir as expectativas ara a companhia”, escreve o analista Bruno Amaral.
 
A avaliação do papel ganhou tom negativo com a expectativa de menor ritmo de crescimento no mercado de desktops e perda de fatia de mercado no segmento de notebooks. “Acreditamos que as margens da Positivo devem se reduzir nos próximos anos, com eventuais ganhos de eficiência repassados para o preços para alavancar o volume de vendas”, projeta a corretora.
 
O desempenho da companhia pode ser afetado ainda pela variação cambial desfavorável, com a desvalorização do dólar, e pela redução da demanda do canal de governo - esta última impactou positivamente os resultados da empresa no primeiro trimestre com a venda de 600 mil laptops em pregão para o Ministério da Educação.
 
Por fim, a Link destaca que a Positivo ainda é negociada com desconto frente às seus pares internacionais – mas isso não se traduz em negócio vantajoso, uma vez que a empresa opera com margens justas e está, de fato, exposta à riscos. “Concordamos com os descontos nas ações da companhia uma vez que as empresas usadas na base de comparação trabalham em escala global”, explica Amaral.
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