Mercados

Por que a BlackRock continua gostando do Brasil

Crescimento brasileiro começou a surpreender positivamente, segundo diretor


	São Paulo: para diretor da BlackRock, investidores devem diferenciar os países emergentes com base em alguns fundamentos
 (GERMANO LUDERS)

São Paulo: para diretor da BlackRock, investidores devem diferenciar os países emergentes com base em alguns fundamentos (GERMANO LUDERS)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 17h52.

São Paulo – Na capa da Economist, o Brasil já não está mais decolando e grandes investidores já não mostram o mesmo interesse pelo país. A BlackRock continua gostando do Brasil, segundo relatório de Russ Koesterich, diretor da BlackRock.

Segundo Koesterich, o crescimento brasileiro começou a surpreender positivamente e as intervenções do Banco Central tem sido, até agora, efetivas em acalmar o volátil mercado de câmbio. Enquanto a moeda local mais barata e uma recuperação moderada da demanda mundial poderiam fornecer mais ventos à favor da economia, o aperto monetário e o aumento dos custos do serviço da dívida, provavelmente, vão colocar pressão sobre os lucros das empresas brasileiras.

Koesterich também explica porque a Blackrock segue gostando das ações dos mercados emergentes a longo prazo. A BlackRock acredita que as ações dos mercados emergentes, "que parecem baratas, tendo em vista o relativo potencial de crescimento destes países e suas empresas”, vão superar seus equivalentes nos mercados desenvolvidos ao longo dos próximos três a cinco anos.

Os países emergentes estão enfrentando uma pressão crescente para aumentar as taxas locais, nas palavras da BlackRock, um vento contrário para a nascente estabilização do crescimento dos emergentes. “Neste ambiente, acreditamos que os investidores devem diferenciar os países emergentes com base em alguns fundamentos. Dito isso, a decisão do Fed deve retirar alguma pressão de curto prazo nos mercados emergentes”, afirma o relatório. O relatório é de 18 de setembro.

De acordo com o diretor, é difícil achar um período em que as ações nos mercados emergentes estivessem tão desprezadas. Provavelmente, é necessário voltar à crise financeira de 1998. “Enquanto não esperamos nenhuma recuperação rápida no preço, vale destacar que as ações dos mercados emergentes ganharam mais de 50% entre agosto de 1998 e o final de 1999. Se estamos em um ponto similar não é claro, mas julgando pelos fluxos recentes, os investidores certamente perderam fé na história”, afirma Koesterich em panorama de outubro.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3BlackRockbolsas-de-valoresEmpresasPaíses emergentes

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney