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Por que o Itaú não está satisfeito, mas indica ações da OGX

Analistas avaliam um aumento na probabilidade de repique nos papéis

As ações da OGX acumulam uma queda de 26,7% no ano

As ações da OGX acumulam uma queda de 26,7% no ano

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 08h03.

São Paulo – Os analistas do Itaú BBA não estão satisfeitos com a performance da OGX (OGXP3), mas indicam a compra das ações da empresa de petróleo de Eike Batista, mostra um relatório publicado na segunda-feira. Segundo os analistas Lucas Tambelini, Marcello Rossi e Fabio Perina, o aumento na probabilidade do Ibovespa ter um repique de alta no curto prazo, a posição técnica favorável e a elevada liquidez com “beta” relativamente alto sustentam a indicação de compra.

O beta de uma ação é a variação percentual de preços de um ativo em função da variação percentual de um índice. Ou seja, um valor elevado sugere que o papel tende a apresentar uma variação acima do índice, porém na mesma direção.

3 motivos

1. Tambelini, Rossi e Perina acreditam no aumento da probabilidade de um repique com os últimos desenvolvimentos sobre a crise na zona do euro. Eles citam as eleições na Grécia com a vitória do partido a favor do plano de austeridade europeu e, na semana passada, predisposição do Banco Central Europeu (BCE) em emprestar 100 bilhões de euros ao setor bancário espanhol. Além disso, existe a expectativa por notícias positivas vindas da reunião do G-20 em curso no México. Isso poderia aumentar o apetite a risco, explicam.

2. “De maneira alguma estamos otimistas com a situação estrutural atual, e gostaríamos de ver mais medidas e um cenário mais claro, para sairmos das posições defensivas e irmos para outras boas histórias de volatilidade mais alta; alto beta, volatilidade em relação ao Ibovespa, histórias com valuation ainda atrativo e liquidez relevante para capturar o fluxo de uma possível entrada de recursos na bolsa. As ações de OGX se encaixam neste perfil sugerido para o momento”, ressaltam.


3. O Itaú BBA lembra que a ação segue em tendência de baixa no curto prazo, mas no curtíssimo prazo iniciou um movimento técnico de recuperação após romper a reta de resistência em 10 reais. Os próximos objetivos são 10,50 reais e 11,70 reais. As ações terminaram o pregão de ontem cotadas a 9,98 reais.

O que pode dar errado

Os analistas lembram, contudo, que o mercado pode continuar avesso a risco, principalmente com relação à Europa. Os rendimentos dos títulos da Espanha e da Itália continuam subindo e chegando a níveis recorde desde a criação da zona do euro. “Outros fatores devem ser considerados como possíveis riscos a nossa sugestão, entre eles falta de novas injeções de liquidez por parte do BCE, ou uma não coalisão partidária na Grécia”, finalizam.

As ações da OGX acumulam uma queda de 26,7% no ano, enquanto o Ibovespa tem uma leve baixa de 1%.

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