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Por que EXAME Research aumentou a aposta nas ações das Lojas Americanas?

O varejo físico é negociado com uma relação preço / lucro de 15 vezes, sendo que a média histórica é de 25 vezes. Ou seja, há potencial de valorização

Lojas Americanas: varejista deve se beneficiar da reabertura do comércio (Alexandre Battibugli/Exame)

Lojas Americanas: varejista deve se beneficiar da reabertura do comércio (Alexandre Battibugli/Exame)

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Natália Flach

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 07h35.

As ações das varejistas apresentaram bom desempenho ao longo dos últimos meses, especialmente as que têm fortes canais de venda pela internet. Com a reabertura do comércio em diversas regiões do país conforme as regras da quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus vão sendo relaxadas, agora pode ser a vez das varejistas com lojas físicas ganharem mais na bolsa. É por isso que a equipe da EXAME Research aumentou a exposição às ações das Lojas Americanas em sua carteira recomendada, ao passar de 10% em julho para 15% em agosto. No ano, os papéis acumulam alta de 32,8%.

"Vemos o varejo físico sendo negociado com uma relação entre preço do papel e lucro projetado da companhia de 15 vezes, sendo que a média histórica é de 25 vezes", afirma Bruno Lima, especialista em renda variável da unidade de análise de investimentos da EXAME. Segundo essa métrica, os papéis estão baratos frente ao seu potencial de preço.

No total, os papéis de varejistas respondem por 40% do portfólio da EXAME Research que ainda conta com papéis de shopping, infraestrutura, construção civil, energia e commodities.

Desde a criação do portfólio, em abril, a carteira EXAME Research acumula uma rentabilidade de 50,6%, ante uma alta de 38,9% do Ibovespa, o principal índice acionário brasileiro, no mesmo período.

O risco de essa aposta não se concretizar é o de a retomada da economia brasileira se mostrar mais lenta do que o esperado. No entanto, esse risco é pequeno, porque o faturamento do varejo já vem crescendo desde julho. O destaque tem ficado para os setores de bens duráveis e não duráveis, de acordo com estudo feito por Arthur Mota, economista da EXAME Research, com dados até dia 22 do mês passado.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) recentemente revisou de 1,2% para 1,6% sua projeção de crescimento anual das vendas do varejo no país.

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