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Por que a Bolsa também foi "rebaixada"?

O valor de mercado da bolsa de valores do México, medido em dólares, ultrapassou o da bolsa de valores do Brasil. Mas por quê?


	Bovespa: perda de valor do real em dólares tem afetado diretamente o valor das firmas brasileiras em moeda americana
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: perda de valor do real em dólares tem afetado diretamente o valor das firmas brasileiras em moeda americana (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 15h56.

São Paulo - Não foi só a economia brasileira, a Bovespa também foi rebaixada. O valor de mercado da bolsa de valores do México, medido em dólares, ultrapassou o da bolsa de valores do Brasil.

Com isso, a Bovespa perdeu o posto de maior mercado de ações da América Latina.

Explicando: o valor de mercado de uma bolsa é a soma do valor de todas as companhias que negociam lá as suas ações, as chamadas empresas listadas em bolsa.

Mas por que a bolsa do México tomou o primeiro lugar do Brasil?

Em grande parte, por causa da perda de valor do real em dólares. O fator tem afetado diretamente o valor das firmas brasileiras em moeda americana.

Mas o valor de mercado do uma empresa não depende só do preço do dólar. Várias coisas estão em jogo: a lucratividade das firmas; suas perspectivas de crescimento; e quanto de seu valor será taxado em impostos, por exemplo.

Isso, sem falar das expectativas dos investidores em relação a todas essas condições e outras mais.

A queda no valor das firmas brasileiras pode ser explicada, portanto, também pela desaceleração de nossa atividade econômica; pela alta dos juros (causada pelo descontrole da inflação); e pela perspectiva compartilhada por muita gente de que os impostos, que já eram altos, subam ainda mais para que sejam pagos os gastos excessivos do governo.

Nessas condições, há mais uma problema, e talvez seja o mais importante deles, em jogo neste momento: a decisão das firmas de ter, ou não, capital aberto e serem listadas em bolsa.

Com poucas oportunidades de avanço pela frente, menos companhias devem buscar dinheiro para seus investimentos no mercado de ações.

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