Sem grandes descobertas em Santos, ação da QGEP sofre (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 12h19.
São Paulo – Ao concluir testes em três prospectos num bloco na Bacia de Santos e não encontrar nada, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP3) viu queda nas suas ações e, agora, teve sua recomendação reduzida pela Itaú Corretora.
Em relatório enviado para clientes, a analista Paula Kovarsky reviu a sua recomendação para os papéis da empresa de outperform (desempenho acima da média do mercado) para marketperform (desempenho em linha com a média do mercado). O preço-justo estimado para os papéis é de 20 reais, potencial de valorização de 135% ante o fechamento dessa segunda-feira.
Para a analista, o anúncio deixa a QGEP sem notícias relevantes para 2012. Os resultados finais do poço de Carcará, o principal da empresa, podem sair no terceiro trimestre. Porém, como a Petrobras tem participação e os detalhes como estimativas de volume dependem da estatal, projeções mais claras sobre esse poço só deve ser apresentado em 2013.
Além de deixar a empresa com um cenário frio, o resultado ainda deve causar um impacto negativo para os números da empresa, que teve um custo de 240 milhões de dólares nesse bloco. O valor será contabilizado no próximo trimestre e deve refletir num impacto negativo de 72 milhões de reais.
A QGEP não opera sozinha no ‘bloco seco’. A empresa tem uma participação de 30% na área, enquanto a Petrobras (PETR3, PETR4) controla o poço, com os 70% restantes.
Com o resultado anunciado em março, as ações da QGEP vêm caindo e na última sexta-feira chegaram a operar no menor preço desde a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa, em fevereiro de 2011.
Ainda em março, logo após o anúncio do poço seco, a Ágora, corretora do banco Bradesco, reduziu a recomendação para os papéis da empresa de “comprar” para “manter”, também citando o bloco na Bacia de Santos entre os principais motivos.