“Os investidores globais de petróleo ainda veem melhores oportunidades em outros lugares", diz o banco (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 20h13.
São Paulo – Aqui está o que se comenta no mercado hoje:
1 - Petrobras tem chance de mudar o sentimento do investidor
A Petrobras tem a sua frente uma chance que pode mudar o sentimento do investidor, ainda machucado pelo aumento de capital realizado no ano passado e que diluiu a participação dos investidores minoritários. Para os analistas do Deutsche Bank, o anúncio do plano estratégico da Petrobras para o período de 2011-15 é “chave para uma melhora no sentimento global dos investidores em relação à ação”.
“Os investidores globais de petróleo ainda veem melhores oportunidades em outros lugares, apesar de a Petrobras ter uma alta produção e acesso a reservas”, explicam Marcus Sequeira e Luiz Fonseca. O banco recomenda a manutenção dos papéis. O preço-alvo para as ADRs (American Depositary Receipts), representativas das ações ordinárias da empresa (PETR3), é de 44 dólares para o final do ano.
Para o banco, o plano dos sonhos precisaria do seguinte: 1) Ser baseado em projeções macroeconômicas conservadoras, ou a empresa ficaria vulnerável a um enfraquecimento dos preços do petróleo; 2) Ter um menor investimento em refinarias; 3) Convencer o mercado de que a empresa é capaz de levar o plano sem a necessidade de uma nova captação; 4) Não ser dirigido politicamente.
2 - Ações da Randon podem surpreender investidor, avisa Socopa
A corretora Socopa elevou nesta quinta-feira (19) o preço teórico das ações preferenciais da Randon (RAPT4), de 14,75 para 16 reais para os próximos 12 meses. Considerando a cotação de fechamento do pregão da véspera, de 11,65 reais, os ativos da Randon podem entregar ganhos de até 38% no período do um ano.
A fabricante de autopeças e veículos especiais tem apresentado resultados positivos trimestre após trimestre, batendo recordes de faturamento mensais desde o ano passado, conforme cita o analista Osmar Cesar Camilo.
3 - Agências conferem grau especulativo para emissão da OGX
As agências de classificação de risco Fitch e Moody’s conferiram uma nota de grau especulativo para a emissão de 2 bilhões de dólares da OGX (OGXP3), empresa petrolífera da holding EBX, de Eike Batista. A empresa pretende utilizar os recursos para financiar a campanha de produção e desenvolvimento, além de fins corporativos gerais.
A Fitch conferiu a nota B+ para a empresa e a Moody’s o rating B1, ambos com perspectiva estável. “O rating B1 da OGX reflete sua ampla base de recursos em uma escala global, a qual fornece excelentes reservas e potencial para aumento da produção”, disse Gretchen French, vice-presidente e analista sênior da Moody’s.
4 - Sabesp tem potencial de retorno negativo na bolsa, afirma banco
Após o anúncio da metodologia e da taxa que será aplicada à revisão tarifária da Sabesp (SBSP3) a partir de setembro de 2012, o Banco Itaú BBA optou por elevar nesta quinta-feira (19) o preço-alvo das ações da companhia.
Em relatório, os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi elevaram o preço-alvo de 41 reais para 45 reais até dezembro de 2011. O valor representa um potencial de baixa de 4,98% frente à cotação de 47,36 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (18).
5 - JBS tem recomendação reduzida para “underperform’ no BofA
A JBS (JBSS3), maior frigorífico do mundo, teve sua recomendação reduzida de “neutra” para “underperform” pelos analistas do Bank of America Merrill Lynch.
O corte na recomendação veio depois que a empresa anunciou ontem que irá converter dívida em ações, em uma colocação privada que dará ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social uma participação de 31 por cento na empresa.