Bruno Godinho, CPO da CSU.Digital (CSU.Digital/Divulgação)
Beatriz Quesada
Publicado em 26 de julho de 2022 às 09h02.
A CSU (CARD3), empresa de tecnologia e soluções financeiras, quer mudar sua imagem no mercado. Para além do processamento de cartões – pelo qual a companhia é reconhecida desde sua fundação, há 30 anos –, o objetivo é se posicionar como uma provedora completa de soluções tecnológicas.
A mudança começou no próprio nome, que passou de CSU.CardSystem para CSU.Digital. Segundo Bruno Godinho, diretor de produtos (CPO) da CSU.Digital, a alteração reforça a diversidade de soluções oferecidas pela casa, que vão além dos meios de pagamento, seu carro-chefe. A CSU conta ainda com serviços de banking as a service (BaaS), experiência do consumidor e fidelização e incentivo de clientes.
O passo seguinte foi o desenvolvimento de novos produtos que refletissem a ambição da companhia de se integrar à economia digital. O resultado são dois novos produtos: o PIX parcelado e o pagamento de faturas via criptomoedas.
“Temos um portfólio completo de serviços financeiros e, com o lançamento dos novos produtos, queremos nos posicionar cada vez para processar qualquer tipo de operação”, afirma Bruno Godinho, diretor de produtos (CPO) da CSU.Digital, em entrevista à EXAME Invest.
A CSU seguiu o exemplo de grandes bancos e passou a oferecer o PIX parcelado para seus clientes. A ferramenta oferece a possibilidade dos consumidores finais dividirem o pagamento do PIX em parcelas, como uma linha de crédito, utilizando o limite já oferecido pelo cartão de crédito.
O benefício é oferecer mais uma oferta de financiamento - e, desta vez, instantânea, sem a necessidade de uma nova concessão de crédito. O PIX parcelado aparece dentro da fatura do cartão de crédito, permitindo que o cliente “não busque financiamento em outro lugar”.
“A vantagem para o nosso emissor é fazer uma oferta rápida de crédito parcelado sem desenvolvimento interno. Fazemos todo o processamento da experiência, cálculo de juros. Para o portador do cartão, é uma experiência unificada”, defende Godinho.
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O mercado de criptoativos no Brasil já é o quinto maior do mundo e, considerando esse tamanho, um processador de pagamentos não poderia ficar de fora desse mercado. Segundo o CPO, foi esse pensamento que levou a CSU a criar uma solução de pagamento de faturas com criptomoedas.
A empresa conecta a plataforma de pagamentos com as corretoras, permitindo a liquidação instantânea da compra.
“A demanda por pagamentos em cripto ainda não é forte, mas é onde encontramos um meio de entrar nesse mercado, entender como ele funciona junto com os nossos clientes e, a partir daí, oferecer outras soluções”, afirma Godinho.
O executivo comenta que as soluções em criptoativos já são discutidas há tempos dentro da CSU, e que o lançamento é um posicionamento importante para o mercado. “Conseguimos dizer agora que processamos diversas moedas, inclusive cripto”, diz.