Bovespa: nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2013 às 21h22.
Campos do Jordão - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.
"A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP).
A nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014. De acordo com o novo critério, as ações da OGX, cotadas nesta sexta-feira a 0,30 real, poderão ser excluídas do Ibovespa.
No entanto, o presidente da bolsa reiterou que pelas regras atuais não há motivos para excluir a OGX do índice, e que isso ocorreria apenas em caso de falência ou pedido de concordata.
Outras mudanças, incluindo a definição de um limite para a parcela que cada ação pode ter na Bovespa com base no valor do free-float (fatia em circulação no mercado) da empresa também está em estudo, disse o executivo.
Para os próximos meses deste ano, Edemir vê um mercado fraco para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), em linha com o ritmo visto ate o momento, com varias ofertas em compasso de espera. "Podemos ver uma ou outra empresa até o final do ano, mas não estou otimista", disse.
Para 2014, no entanto, o presidente da bolsa tem melhores expectativas. "O Banco Central tem demonstrado previsibilidade e iniciativa para controle da inflação, o que deve ajudar a restaurar a credibilidade para o investidor estrangeiro."