Brasil ficou em 7º lugar em lista de complexidade para fazer negócios (FG Trade/Getty Images)
Repórter
Publicado em 1 de março de 2024 às 07h25.
Última atualização em 1 de março de 2024 às 08h09.
O mercado inicia o mês de março majoritariamente positivo, ainda repercutindo os dados do Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) que saíram em linha com as expectativas na véspera. A alta foi de 0,4% em janeiro. Na comparação anual o PCE foi a 2,4%. O dado, próximo da meta de 2% do Federal Reserve (Fed), aumentou marginalmente as apostas de um corte de juros mais cedo, em maio, investidores ainda precificam este como um cenário de menor probabilidade, com 27% de chance contra 73% de manutenção. O cenário-base ainda é de corte em junho.
Nesta sexta, a agenda será cheia de indicadores. A maior atenção no mercado local será para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. O consenso é de uma alta de 0,1% e de 2,2% no acumulado de 2023. Se confirmado, o resultado será bem acima do PIB de 0,8% projetado no início do ano passado. Surpresas no agronegócio e uma maior resiliência da economia brasileira a despeito das taxas de de juros elevadas contribuíram para o PIB mais que o esperado.
No exterior, investidores repercutem os dados do Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro, que saiu levemente acima do esperado para o mês de fevereiro. No mês, o IPC subiu 0,6% e seu núcleo 0,7%. No acumulado de 12 meses, o IPC anual ficou em 2,6% contra o consenso de 2,5%, com o núcleo do IPC ficando em 3,1% ante a expectativa de 2,9%. Apesar do número mais forte para a inflação europeia, as principais bolsas do continente operam em alta nesta manhã, com exceção do mercado francês, que segue perto da estabilidade.
O clima também foi positivo na China, onde os principais índices de ações fecharam em alta, reagindo aos dados do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgados ainda de madrugada. A surpresa positiva ficou com o PMI Caixin, que ficou em 50,9 pontos, levemente acima do consenso de 50,7% e da linha dos 50 pontos que delimita a expansão da contração da atividade local. O PMI não-manufatura também superou as estimativas, enquanto os PMIs composto e industrial saíram em linha.