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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Nova York - Os preços do petróleo nos mercados futuros fecharam na máxima em oito semanas, impulsionados por dados que mostraram queda nos estoques de combustíveis e aumento na demanda nos Estados Unidos. O petróleo leve, no contrato com vencimento em abril, fechou em alta de US$ 0,60 (0,74%) a US$ 82,09 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a máxima desde 11 de janeiro deste ano. Considerando as transações do mercado eletrônico, a mínima foi de US$ 80,81 e a máxima foi de US$ 83,01. O petróleo Brent, negociado no mercado eletrônico ICE em contrato para abril, fechou em alta de US$ 0,57 (0,71%) para US$ 80,48. A mínima foi de US$ 79,22 e a máxima foi de US$ 81,46.
O preço do petróleo subiu com rapidez após o Departamento de Energia (DOE) dos EUA informar quedas maiores que as esperadas nos estoques de combustíveis, junto a um pequeno aumento na demanda por derivados do petróleo. O dado ofereceu a primeira confirmação de que a recuperação econômica está começando a resultar numa queda dos enormes estoques formados durante a recessão. Os estoques totais de petróleo e combustíveis estão no menor nível em um ano, embora ainda bem acima dos níveis vistos antes da crise.
Após atingir a máxima de oito semanas, o movimento de alta do petróleo foi suspenso pela apresentação de um projeto de lei no Senado dos EUA, que poderá proibir os bancos de atuarem em várias operações para realizar transações especulativas. A legislação chamada de "regra Volker" - o defensor da reforma financeira e ex-presidente do Federal Reserve Paul Volcker - levou os preços do petróleo bastante para baixo quando foi proposta pela primeira vez em janeiro pelo presidente Barack Obama.
O mercado do petróleo é sensível à proposta da "regra Volcker", pois os bancos de investimentos estão entre os mais ativos agentes negociadores. Mas como a chance de o Congresso aprovar o projeto é pequena mitigou as perdas do mercado, com os preços retomando a alta após terem caído abaixo de US$ 81 o barril. As informações são da Dow Jones.