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Petróleo renova máxima em 3 anos com incerteza sobre Irã e Trump

Ao lado de outras potências, os EUA são signatários do acordo com Teerã para diminuição da atividade nuclear na república islâmica

Petróleo:"Será muito importante para o mercado de petróleo ver o que Trump considera fazer com o Irã" (foto/Reuters)

Petróleo:"Será muito importante para o mercado de petróleo ver o que Trump considera fazer com o Irã" (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 21h13.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 21h26.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quinta-feira, 11, em alta, influenciados pela expectativa em relação ao anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Irã e o aumento das tensões no Oriente Médio.

Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o Brent para março fechou em alta de US$ 0,06 (+0,09%), a US$ 69,26. O barril chegou a bater a máxima de US$ 70,05, o maior nível desde o final de 2014. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para fevereiro subiu US$ 0,23 (+0,36%), para US$ 63,80. Ambos os contratos fecharam no maior nível em três anos.

As negociações desta quinta-feira foram influenciadas por questões externas à commodity. Fontes da Casa Branca disseram que Trump está próximo de rever as relações com o Irã, havendo a possibilidade de que ele imponha sanções contra o país novamente. As prováveis restrições comerciais vêm ao mesmo tempo em que aumenta a tensão interna na república islâmica, com o crescente número de protestos contra o governo.

Ao lado de outras potências, os EUA são signatários do acordo com Teerã para diminuição da atividade nuclear na república islâmica, que reabriu o canal para que o Irã voltasse a exportar petróleo em maior quantidade. O país tem a terceira maior reserva do óleo dentro os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Qualquer mudança na posição americana, portanto, é acompanhada de perto pelos analistas e operadores do setor.

"Será muito importante para o mercado de petróleo ver o que Trump considera fazer com o Irã, uma vez que as sanções do passado interromperam em larga escala as exportações do regime", disse o analista de commodities do UBS Wealth Management, Giovanni Staunovo.

Não é somente a questão do Irã que é acompanhada pelos investidores. Também no Oriente Médio, o aumento da tensão entre Arábia Saudita e Iêmen fundamenta a subida dos preços do petróleo.

Nesta quinta-feira, agências de segurança aérea da Europa emitiram alertas de voo no espaço aéreo da Arábia Saudita após o lançamento de vários mísseis balísticos pelo Iêmen.

Fonte: Dow Jones Newswires

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