Trabalhador ajusta uma válvula em um dos canos da refinaria de petróleo Najaf (Ahmad Mousa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2014 às 16h58.
São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta diante da violência no Iraque, que é um dos principais países produtores da commodity.
Os preços, que tiveram movimento limitado nos últimos meses, subiram mais de 1% diante de preocupações com a possibilidade de a oferta do Iraque ser afetada depois de militantes islâmicos tomarem o controle de uma parte do país.
O petróleo para julho negociado na Nymex subiu US$ 2,13 (2,05%), para US$ 106,53 por barril, o fechamento mais alto desde 18 de setembro do ano passado.
O Brent para julho avançou US$ 3,07 (2,79%) na ICE, para US$ 113,02 por barril, superando o patamar de US$ 113 por barril pela primeira vez neste ano e no valor mais alto desde 9 de setembro de 2013.
O Iraque, que produz cerca de 3,5% do petróleo bruto mundial, vinha aumentando a produção recentemente. Substituir isso será "praticamente impossível", segundo analistas do Commerzbank.
Até agora os militantes islâmicos limitaram os ataques à região norte do país, distante da principal área produtora de petróleo.
A tensão no Iraque é "um sinal 100% altista" para os preços do petróleo, afirmou um operador.
"A situação pode ficar bastante feia", disse outro operador, acrescentando que "não há uma solução clara" para o problema. A segurança das refinarias iraquianas é outra fonte de preocupação.
"Se elas pararem de refinar, então haverá potencial de aumento das necessidades de importação (de derivados)" para o Iraque, o que pode elevar os preços na região do Mar Mediterrâneo, comentou Harry Tchilinguirian, diretor de estratégia global de commodities do BNP Paribas em Londres.