Cotação: às 9h10 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para abril subia 1,71%, a US$ 33,28 por barril, na plataforma eletrônica ICE (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 11h38.
Londres - Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, recuperando-se das perdas exibidas durante a madrugada e parcialmente sustentados por um indicador positivo da China, mas os investidores continuam preocupados com a situação de excesso de oferta da commodity e aguardam novos dados sobre os estoques dos EUA.
Ontem à noite, a associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute (API) estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA cresceu 3,8 milhões de barris na semana passada, mas o aumento foi bem menor do que o da semana anterior.
Mais tarde, a atenção vai se voltar para a pesquisa oficial, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano.
Analistas consultados pelo Wall Street Journal preveem que o DoE apontará avanço de 3,5 milhões de barris nos estoques da semana passada. O levantamento está previsto às 13h30 (de Brasília).
"Os dados do (API) mostram aumento generalizado, mas não enorme como o da semana anterior", comentou Michael Poulsen, analista de petróleo da Global Risk Management.
"Agora, os números do DoE vão ser acompanhados de perto para a confirmação dessa tendência (e podemos) esperar volatilidade quando o momento da publicação estiver mais próximo," concluiu.
A sondagem anterior do API, divulgado na semana passada, havia estimado um acréscimo de 11,4 milhões nos estoques de petróleo bruto.
Dados positivos da China ajudam a dar sustentação ao petróleo nesta manhã.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços chinês avançou para 52,4 em janeiro, de 50,2 em dezembro, atingindo o maior patamar desde julho do ano passado, segundo pesquisa da Caixin Media e da Markit Economics.
O indicador sugere que o setor se expandiu com mais força no mês passado.
A China é o segundo maior consumidor mundial de petróleo depois dos EUA, responsável por 12% do total. Nos últimos meses, os números do gigante asiático têm sido predominantemente negativos, contribuindo para a tendência de queda vista no petróleo desde meados de 2014.
Na semana passada, o petróleo acumulou ganhos de mais de 10%, em meio à especulação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia poderiam fechar um acordo para reduzir a produção de forma coordenada. Posteriormente, no entanto, autoridades da Opep negaram os rumores e a commodity apagou boa parte de sua valorização desde então.
Às 9h10 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para abril subia 1,71%, a US$ 33,28 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para março também avançava 1,71%, a US$ 30,39 por barril.