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Petróleo fecha perto da estabilidade

Na New York Mercantile Exchange, os contratos de petróleo bruto para outubro caíram US$ 0,1


	Plataforma de petróleo
 (Mikhail Mordasov/AFP)

Plataforma de petróleo (Mikhail Mordasov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h46.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade nesta sexta-feira, pressionados por rumores sobre a liberação das reservas estratégicas. Por outro lado, a commodity recebeu suporte das expectativas de novas medidas de estímulo na zona do euro e nos EUA, além da possibilidade de interrupção na produção no Golfo do México, em função da passagem da tempestade tropical Isaac.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para outubro caíram US$ 0,12 (0,12%) e fecharam a US$ 96,15 por barril. Os contratos atingiram a máxima intraday de US$ 97,17 depois que a BP informou que fechará seu campo Thunder Horse, localizado no Golfo do México, como medida preventiva por causa da tempestade tropical Isaac, que deve chegar ao Golfo no início da semana que vem como um furacão. Na semana, o petróleo negociado em Nova York acumulou alta de 0,15%. Na plataforma Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para outubro caíram US$ 1,42 (1,23%) hoje, fechando a US$ 113,59 o barril, o nível mais baixo desde 10 de agosto.

Maria Van Der Hoeven, diretora-executiva da Agência Internacional de Energia (AIE), que coordena as políticas de energia e gerencia os estoques de emergência da maior parte dos países industrializados, declarou, uma semana atrás, que "não havia razão" para liberar as reservas estratégicas, tendo em vista as atuais condições do mercado.


Mas os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira depois da publicação de uma matéria no site do Petroleum Economist, um jornal mensal do setor, afirmando que "várias fontes" disseram que a liberação pode acontecer já em setembro, em resposta à redução do fornecimento de petróleo pelo Irã. Segundo o site, a liberação das reservas pode chegar ou até mesmo superar os 60 milhões de barris liberados no ano passado, após a interrupção de fornecimento pela Líbia, quando o país entrou em guerra civil.

De acordo com o Petroleum Economist, a AIE, que era contra a liberação, agora apoia o projeto, mas pediu aos EUA que não adotem uma medida unilateral. Os boatos que circulam entre os negociadores dizem que o presidente Barack Obama, que concorre à reeleição em novembro, pode sofrer pressão política para liberar as reservas para conter os preços da gasolina.

Os preço do Brent subiram 11,4% no último mês em razão das preocupações sobre a redução da produção no Irã e de manutenções em campos produtores no Mar do Norte, enquanto os preços na Nymex subiram 9,2% no período. "Houve muita realização de lucros com o spread hoje", disse Gene McGillian, analista e corretor da Tradition Energy, se referindo à diferença nos preços dos dois tipos de petróleo.

Hoje, o petróleo também recebeu suporte das expectativas de novas medidas de estímulo nos EUA e na Europa. No início da tarde surgiram relatos de que o Banco Central Europeu (BCE) está estudando a criação de uma banda para os yields dos bônus soberanos da zona do euro, para ajudar países que estão tendo dificuldades de se financiar nos mercados. Além disso, foi divulgada uma carta do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, enviada para um deputado republicano, onde ele afirma que há escopo para novas ações do banco central norte-americano para estimular a economia. As informações são da Dow Jones.

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